Este foi o tema de um e-mail que mandei a semana passada
para uma amiga. Fui convidado para um aniversário um pouco diferente com uma
festa que se inicia no campo, na piscina e termina em uma noite mais do que
chique onde todos devem estar trajados a altura para o jantar formal e depois
ainda trocar os trajes para uma “balada noturna”.
É claro, quando não se tem ideia do ambiente o melhor é
consultar do que correr o risco de sentir-se o: estranho.
A resposta que recebi foi: o bom senso é sempre a melhor
opção.
Dai fiquei refletindo e concluí que inclusive para as questões
de ordem humana o bom senso deve ser sempre a melhor opção.
No ambiente entre amigos, também não é diferente, quantas
vezes estamos preocupados com o que as pessoas irão achar do modo como estamos
que nos esquecemos de aceitar na verdade como somos, e qualquer bom senso que
pode brotar desta aceitação de sua natureza.
A não aceitação gera uma série de insatisfações que toca em
outras cicatrizes das ilusões humanas. Como a compra desenfreada, por exemplo,
que chega a ser um tônico para os momentos infelizes. Já refletimos aqui em carência financeira – parte 6 do mergulho
para a cura da alma pela gratidão aos pais, que os elogios dos vendedores, soam
como um canto das sereias e faz com que o outro se sinta naquele momento amado
por alguém.
(http://ariovaldoribeiro.blogspot.com.br/2012/01/carencia-financeira-parte-6.html)
(http://ariovaldoribeiro.blogspot.com.br/2012/01/carencia-financeira-parte-6.html)
As questões referentes ao nosso bem estar, como nos sentimos
ou mesmo como nos apresentamos, muitas vezes dependem de decisões subjetivas.
Lidar com o bom senso chega a ser um desafio para o ser humano.
Estamos falando da dificuldade de entrar no território onde repousa
a sua força maior. Um campo ainda pouco explorado por muitas pessoas. O da
intuição.
No mundo do consumo a emoção anda junto com o instinto, e
está por sua vez abafa a intuição. Basta recordar como é agradável fazer
compras. Acontece que o excesso de gastos e também o descontrole financeiro
trazem grandes prejuízos. Isto não é nenhuma novidade.
As ações que devemos tomar por “intuição” a gente até sabe. Mas
como o resultado demora a aparecer, muitos preferem a satisfação imediata dos
instintos.
Nesta etapa entra em cena a necessidade da “disciplina”.
O fundador da Seicho-No-Ie o professor Masaharu Taniguchi em
sua obra A Verdade da Vida, volume 7, nos ensina que é somente através da
disciplina que podemos manifestar a nossa Imagem Verdadeira.
A nossa Imagem Verdadeira é quem de fato somos. Seres
dotados de uma hereditariedade divina e com uma potencialidade infinita.
Para aquele que se perdeu pelos instintos a saída é alinhar
novamente a vida por uma disciplina até que a sua intuição novamente o oriente
dentro do bom senso.
A disciplina precisa estar alicerçada em metas claras. Quanto vou fazer? Como vou fazer? E, o que
vou fazer? São perguntas que necessitam de respostas objetivas.
Você pode até argumentar: tenho muita força de vontade, mas
não consigo.
Até para a força de vontade é necessário à disciplina.
Basta navegar pelas redes sociais que vemos milhares de pessoas
divulgando suas metas pessoais, contando suas aspirações, alardeando aos
quatros ventos suas expectativas de mudanças que vão desde parar de fumar,
caminhar, correr, até para hábitos mais profundos.
Não que você não possa celebrar uma conquista, mas uma meta
alardeada é muito mais uma busca de reconhecimento do que na verdade um
objetivo realmente claro a ser conquistado.
Um diário, pessoal, até um blog pode servir de grande aliado
nesta reflexão para a nova vida, mas apenas, quando as metas estão traçadas. Caso
contrário será apenas a força de vontade sem a disciplina adequada.
Um bom recurso para alinhar seus objetivos, por exemplo, é o
uso do Diário do Relógio de Sol, com ele você poderá desenhar o seu projeto de
vida feliz. No programa do dia irá tomar nota de modo a não desperdiçar o seu
tempo e registrar as suas atividades tais como a Meditação Shinsokan, livros
que leu, estudou, a sua pratica de gratidão e amor do dia e por aí vai.
O compromisso deste registro treina você. E, agora seu
esforço tem um foco claro – o registro diário. E você estará usando os
registros justamente para adquirir novos hábitos.
E assim com um pouco de diligência você estará abandonando
seus instintos, aceitando mais sua intuição e valendo-se do bom senso em todas
as suas decisões.
Minhas reverências,
Ah, eu vou de bom senso.
Ariovaldo Adriano Ribeiro
fotos By Ariovaldo Ribeiro - a auto-retrato Luciana Trevisan