No caminho da Verdade
O despertar de Kawata
- Um dia fui indagado pelo Mestre.
Mestre: Kawata você tem algo que não entende nos ensinamentos da Seicho-No-Ie?
Kawata: Não entendo o que seja despertar para a verdade?
Mestre: Ah, é isso? Não há nada de complicado.
O Ser humano é rico em relatividade. Por exemplo, mão direita e mão esquerda, Deus e eu, ou você e eu, enfim pensamos tudo de forma relativa, considerando que existe distinção entre as partes. Este é o mundo fenomênico. Despertar para a Verdade significa acabar com essas diferenças. Acabando com o conceito de que um é distinto do outro, Deus e eu nos tornamos Um. Mão direita mão esquerda torna-se uma só. Cada qual possuí feições diferentes de outras pessoas, mas somos todos filhos de Deus, vivificados pela mesma vida de Deus.
- Então neste momento compreendi que devia mudar meu ponto de vista e acabar com o conceito de distinção entre todas as coisas, e assim ficou claro o que seja despertar para a Verdade.
Do livro: Vida Vigorosa Ryotaro Kawata, p. 136
Muitas vezes as relações humanas são empobrecidas por serem inevitáveis as interpretações.
Todas as interpretações acontecem nas esferas da nossa própria mente, de modo que eu conheço o outro, a partir de mim mesmo.
Quando você possui uma visão “materialista”, o seu mundo é sempre finito; suas leituras são equivocadas. Para muitas pessoas a vida é como um conglomerado de matéria e adquiriu algumas habilidades por acasos físicos oriundas de experimentos aleatórios, onde em um dado momento a matéria tenha adquirido vida; nesta visão distorcida não existe integridade.
Para esse grupo de pessoas o que vale é a vantagem momentânea.
Uma prática implícita nas ações, mas que fere profundamente todos a sua volta.
Para as ciências humanas o eu sempre será vítima de suas mazelas o que mostra sua fragilidade enquanto ser material.
Ainda que hoje, cada vez mais, a filosofia a psicologia e outras áreas estejam se dedicando na busca de uma vida mais saudável, isso não se concretiza justamente por orbitarem na esfera da leitura do mundo como sendo finito.
Cada vez mais precisamos despertar para a verdade e descobrir de fato o que venha a ser a vida, e o que constitui o viver.
De certo modo precisamos reaprender a viver.
A Seicho-No-Ie nos ensina que “a matéria não existe”, e nos convida a uma revolução no nosso modo de pensar o mundo.
Essa forma de interpretação já não é muita novidade, mas talvez para outras esta afirmação contradiga suas crenças. Nos dias atuais muitas áreas das ciências humanas já veem explicando que aquilo que é reconhecido no mundo da matéria pelos sentidos humanos não possui existência absoluta. Nem sempre o que enxergamos de fato existe, e se existe não está fora e sim dentro da nossa própria visão de mundo fruto das nossas experiências.
Hoje já é quase inconcebível a visão de uma vida como manifestação do acaso.
Tudo está interligado, todas as ações são frutos das escolhas e até o físico é reflexo destas escolhas. Portanto a própria matéria pode assumir diferentes formas de acordo com a concepção do observador.
Além do que, já é amplamente divulgado o fato de que quando vai se dividindo sucessivamente a matéria, ela vai se desfazendo, dando lugar a um tipo de energia que na forma se manifesta como matéria.
No livro A Verdade da Vida, vol. 2, o Professor Masaharu Taniguchi nos leva a essa dedução sobre a Teoria da Relatividade de Einstein:
Como é do conhecimento do leitor, Albert Einstein, o grande gênio da Física, elaborou a Teoria da Relatividade, segundo a qual através dos cinco sentidos não se pode saber como são realmente as coisas e os fatos, e que estes se apresentam aos nossos olhos sob determinada forma devido à relação existente entre a nossa faculdade perceptiva e o fato observado.
(...) Tanto a duração de tempo como a configuração das coisas no espaço variam conforme a sua relação com os nossos órgãos de percepção. Concluímos então que os sentidos não são capazes de perceber a realidade absoluta ou a essência dos fatos e das coisas.
Este fato está em consonância com o que nos ensina a Seicho-No-Ie quando diz que: “O mundo fenomênico é sombra da ilusão reconhecida através dos nossos órgãos sensoriais que são imperfeitos, não sendo, portanto, a Imagem Verdadeira da existência”. Ou seja, tanto o tempo como as pequenas ou grandes matérias aí existentes, tudo é sentido relativamente através dos órgãos sensoriais dos seres humanos, não sendo, portanto a Imagem Verdadeira.
Também no que se refere às religiões e a medicina, à medida que as pesquisas de tratamentos avançam, está ficando claro o estreito relacionamento existente entre o modo de pensar de cada um e as doenças. Por exemplo, na medida em que se torna claro que as funções mentais têm íntima relação com as funções orgânicas do corpo humano, a medicina se questiona sobre “que tipo de mente devemos manter para sermos saudáveis”.
Veja o que o Professor Masanobu Taniguchi diz em seu livro Kokoro de Tsukuru Sekai:
Esta questão de “qual mente manter” é um problema que a moralidade e as religiões vieram tratando, mas à medida que a relação entre a mente e o corpo humano é esclarecida pela medicina, mesmo no campo do tratamento médico está se tornando obrigatório cuidar dos “problemas da mente”. É assim que técnicas como a “meditação” ou “como usar a mente” que eram assuntos tradicionalmente filiados a área religiosa vem sendo incluídas também na área médica, e mesmo as clínicas médicas vêm convidando padres e religiosos para solicitar o “tratamento mental”.
E ainda continua:
Desta maneira, dentro da ciência, hoje considerada como verdadeira manacéia, é observado o fenômeno em que a religião e a ciência (medicina) se fundem, e isso não significa que a religião e a ciência (medicina) estão se conflitando. Muito pelo contrário, a Verdade religiosa pregada pela Seicho-No-Ie, de que a “matéria não existe; o corpo carnal é sombra da mente...” vem sendo comprovada cada vez mais através da ciência ou medicina.
Então como avançar nesta compreensão?
O caminho para avançar na compreensão da vida consiste na reflexão de si próprio, na experiência única de mudar os hábitos e contemplar a alquimia da transformação do seu ambiente e do mundo que o cerca.
Essa reflexão irá nos tirar da interpretação fatalista, irá recuperar nossa integridade.
De um modo bem prático experimente encontrar os pontos louváveis no seu cotidiano e praticar o bem, abençoar os fatos e alegrar-se com elogios para tudo e todos.
Enquanto a busca orbitar na matéria toda teoria de formação da personalidade tenderá a fracassar se não evoluir para o caminho da espiritualidade.
Possuímos em nosso interior a Vida de Deus, e é essa Vida que nos faz viver.
Essa Verdade deve ser a nossa busca!
Vamos meditar!
Minhas reverências,
Ariovaldo Adriano Ribeiro
fotos by Ariovaldo Ribeiro
Deus, Muito Obrigado por ter me dado a oportunidade de ler essas palavras da Verdade, e cada vez mas ter a convicção da maravilha deste ENSINAMENTO. Muito Obrigado!
ResponderExcluirCaramba Ari ... Adorei cara!! ótimo texto, conteúdo Show!
ResponderExcluirrespondeu a minha pergunta sem eu te perguntar ....
ResponderExcluirque era se " a filosofia e as obras como o o segredo e o efeito sombra ,estao contribuindo para a iluminação do mundi pois falam quase que igual a sni só q com roupagem diferente, perguntei isso pro prof Carlos Alberto e não tive resposta, mas agora entendi quando vc disse sobre a filosofia obrigado prof Ari