quarta-feira, 22 de maio de 2013

Sobre meninos e cisnes.


Olá amigos,
Vale a pena ler este texto. Recebi de uma amiga e também vou compartilhar. É verdade, são muitos os momentos em que criamos rótulos pela ineficiência do conviver com as diferenças. Dentro de nós existe uma infinidade de coias boas. Devemos porém lembrar que o ser humano possui mente, e, trabalhando a mente usando o poder da mente a identidade original do ser humano passará a brotar vigorosamente.
É o que nos relata essa experiencia.
Delicie-se e, e veja que pequenas mudanças trazem grandes resultados.
reverências,
Ariovaldo Ribeiro.
Sobre meninos e cisnes.
Por Ligia Moreiras Sena, do blog Cientista Que Virou Mãe  - atualizada em 21/05/2013 10h10
Menino era aquele bebê risonho e simpático que se interessava por todo tipo de estímulo. Da borboleta voando ao redor da lâmpada à buzina dos carros, tudo despertava sua curiosidade. De olhos vívidos, atentos ao menor sinal de movimento e atividade, Menino amava a natureza e os animais. Logo estreou, sem o auxílio de ninguém e sem ensaios, seus primeiros passos, substituindo a fase do engatinhar por passos seguros e firmes. Caía inúmeras vezes e levantava-se de todas como se nada fosse, pronto que estava para explorar o mundo, esse mundo fantástico que o encantava. Rápido aprendeu a falar. Logo transformou movimentos descoordenados em firmeza muscular e precisão de movimentos, para desespero de sua mãe que, muito antes que o esperado, precisava correr para tirá-lo de um parapeito ou de cima da mesa da cozinha ensaiando um emocionante voo em direção a uma cara esfolada no chão.


Menino prodígio. Menino precoce. Menino de ouro. Orgulho de toda a família, interessado e curioso por quase tudo. Não tudo. Coisinhas entediantes e monótonas? Não eram com ele. Seu desinteresse logo transformava-se em correria, reclamações e muito choro. A agitação o encantava, a intensidade era sua marca. Menino era demais! Mas, embora desse alegrias e orgulhos sem fim, consumia toda a energia da família. Era a alegria da casa. Mas também sua falta de sossego...


Então, Menino foi para a escola pela primeira vez. A família precisava de um descanso, estavam todos esgotados...

Pouco tempo depois, o primeiro convite: “Caros pais, esperamos vocês para uma conversa na próxima quarta-feira. Gostaríamos de conversar sobre Menino”.

O que teria havido?

No dia e hora marcados, estava lá a mãe, toda preocupação. A professora, então, perguntou a ela se tudo estava correndo bem em casa, com Menino. Se havia algo fora do normal, um problema conjugal, a chegada de um irmão, ou outra questão. A mãe se surpreendeu: nada estava acontecendo fora da rotina. Muito apreensiva, a professora apontou para uma mesa onde espalhavam-se muitos desenhos infantis. Árvores verdes, de troncos marrons, em cujas copas surgia o vermelho de uma maçã. Bucolismo, doçura, meiguice, padrão. E, no meio das árvores de frondosas copas e maçãs vermelhas, um cachorro com o que um dia havia sido um gato na boca. Enquanto todas as crianças haviam desenhado as mesmas coisas por orientação dela, Menino desenhara um cão com um gato arrebentado na boca. A professora estava realmente preocupada. Suspeitava de um problema doméstico. A mãe não viu nisso grandes problemas, afinal, entendia o contexto: no dia anterior, Menino havia salvado o gato da vizinha do ataque de Fedorento, seu cachorro. Muito orgulhoso, apareceu na sala com o gato todo estropiado mas ainda vivo, contando esfuziante sua proeza salvadora dos animais. Mas a professora insistiu: “Tem certeza, mãe, que nada diferente está havendo? Porque há uma diferença gritante entre o comportamento de Menino e as demais crianças da turma...”. A mãe disse que não, que estava tudo bem. “Mas observe, mãe. Esteja atenta aos sinais que podem se transformar em comportamentos mais graves no futuro”.

Findada a conversa, foi a mãe embora para casa. Mas não foi sozinha. Foi ela e a pulga. Aquela.

Chegou em casa e foi logo perguntando por Menino. Chamou uma, chamou duas, chamou três vezes. Nada de Menino aparecer. Preocupada, chamou a vizinha para ver se ele estava por ali com as demais crianças. “Não, Menino não está aqui não. Estão todos jogando videogame ali na sala, menos Menino”. E eis que surge Menino: imundo, suado e com um ferimento gigantesco no joelho. Onde ele estava? Correndo na rua com Fedorento. “Estou te chamando há horas! Olha só como você está! Porque raios você não pode ser como todo mundo, Menino?!”.

Naquela noite, a mãe não dormiu... A pulga não deixou. Seria Menino uma criança diferente das demais?

A escola ainda chamou mais duas vezes a família para conversar. Menino não parecia se enquadrar à turma, aos hábitos, à escola. “Não se interessa pelas atividades propostas. Seus desenhos e sua linguagem são atípicos. Nosso psicopedagogo detectou um déficit de desenvolvimento, talvez relacionado à sua hiperatividade. Sugerimos, então, uma abordagem medicamentosa como forma de contornar sua dificuldade natural. Família nenhuma quer expor um filho a dificuldades graves futuras, não é mesmo?”.

E foi assim que o Menino prodígio, o Menino precoce, deixou para trás sua história como o filho pródigo para ser... o Menino problema. O Menino hiperativo.

A partir de então, Menino passou a ouvir repetidas vezes sua mãe e pai falando aos outros que ele era assim porque era hiperativo. Seus pais eram tudo que ele mais admirava na vida. Se eles falavam que ele era hiperativo, então é porque ele era hiperativo. Isso afetou sua autoestima, sua segurança, sua desenvoltura. Ele se sabia doente... Foi quando as coisas em sua vida começaram a mudar.

A mãe confiava na escola. A escola detinha anos de experiência. A mãe confiou no diagnóstico dado ali. Natural: uma mãe quer o melhor para seu filho. Uma mãe não quer que seu filho sofra. E ao ouvir a frase: “Família nenhuma quer expor um filho a dificuldades graves futuras” havia sido acionado aquele botão mágico de manipulação materna: a culpa.

A mãe não sabia... mas Menino não estava só. Antigamente, apenas entre 2 e 5% das crianças em idade escolar eram diagnosticadas como hiperativas. Hoje, esse valor está chegando a 30%. Uma prevalência dessa é maior que muitas doenças sérias, como a asma, a bronquite e até mesmo o câncer. Mas será mesmo que todos esses meninos e meninas diagnosticados possuem essa doença? Ou será que está havendo uma epidemia de diagnóstico, englobando inclusive o sadio como doença por incapacidade da escola de lidar com as diferenças?

A mãe não sabia... mas o que a escola estava fazendo não podia ser feito. Se a hiperatividade é uma condição neurobiológica dos domínios da psiquiatria, um diretor não pode diagnosticá-la. Um professor também não. Mesmo quando diagnosticado por um médico psiquiatra, é preciso cautela em aceitá-lo, porque existem profissionais de todos os tipos. E, no entanto, mais da metade das crianças diagnosticadas como hiperativas recebem o primeiro diagnóstico exatamente na escola.

O nome disso: medicalização da educação. É quando a inabilidade da escola de lidar com diferentes personalidades é interpretada como um problema de saúde mental. Afinal de contas, é muito mais fácil culpar a criança do que reformular a prática de ensino.

Um grupo importante de pesquisadoras da Unicamp relatou exatamente o que anda acontecendo em muitos outros lugares. Uma professora da primeira série de uma escola em Campinas, interior de São Paulo, chegou a encaminhar 10 crianças de uma classe com total de 31 alunos para serem avaliadas por profissionais do Serviço de Saúde Mental. Eu não sei para você, mas a mim faz muito mais sentido que essa professora não estivesse preparada para lidar com as diferenças dos alunos do que achar que quase metade da turma possuísse um transtorno psiquiátrico. Hiperatividade não se dá como gripe, que atinge todo mundo por infecção. A chance de que Menino, cheio de vida e absolutamente normal, fosse um desses 10 é grande...

Professores não são os vilões que fazem centenas de maus diagnósticos de caso pensado. Eles vêm sofrendo com décadas de desvalorização profissional e de rebaixamento hierárquico. A prática pedagógica tem sido vista como “inferior” há muito tempo. Ao se considerar capaz de oferecer diagnósticos que somente um profissional médico pode fazer, isso confere um aparente aumento de status. Mas o que acontece é exatamente o contrário: a depreciação ainda maior da educação em detrimento de outra área. A escola, aquele lugar onde se aprenderia, onde experiências incríveis seriam vividas, onde o brincar daria o tom da aprendizagem, transformou-se em rotulador e identificador de doenças, pautado pela identificação de distúrbios de aprendizagem. A epidemia de diagnósticos de hiperatividade que todos já sabemos que existe é extremamente prejudicial à nossa infância. Não somente aos meninos e meninas absolutamente saudáveis que estão sendo rotulados. Mas também àqueles que, de fato, apresentam reais problemas de aprendizagem. Afinal de contas, a atenção e o cuidado que deveria ser dada a essa criança passa a ser dividida entre centenas de crianças que não precisam.

Mãe e pai de Menino viveram muita angústia após o diagnóstico. A mãe chegou a dividir sua angústia em grupos maternos virtuais e lá encontrou diferentes opiniões. Havia quem a incentivasse a medicá-lo, dizendo que o mesmo tinha acontecido com seu filho e que a medicação havia melhorado tudo, um “santo remédio; agora ele aprende, se mantém sentado e todos têm paz”. Havia o depoimento da mãe que medicara seu filho, mas que desistira em função dos efeitos colaterais que havia observado, que tiraram dele sua característica natural e seu brilho no olhar. E havia quem sugerisse que nada de errado havia com Menino, que ouvi-lo era uma boa, que avaliar criticamente o método da escola era uma boa, que manter o diagnóstico como dúvida e não como verdade era uma boa, e que reformular sua rotina em casa era uma boa também.

Foi quando a família de Menino decidiu: não queria o diagnóstico. Decidiram tirar Menino daquela escola, que não o aceitava. Escolheram uma outra que oferecia aquilo que, de fato, tinha significado para o filho: valorização do natural, espaço para correr, professores de fato preparados para acolher as difenças. Em casa também reformularam muita coisa. Criaram mais situações em que Menino podia usar toda sua energia. Mudaram a iluminação da casa. Reduziram ruídos. Tiraram a televisão do período noturno. Cortaram os alimentos ricos em açúcar. Introduziram a música educativa no lugar da música sem sentido. Deram outro significado ao banho, como momento de descanso e relaxamento. Reduziram os estímulos visuais excessivos do quarto. Passaram a conversar mais, a fazer mais refeições juntos, a envolver Menino nas tarefas domésticas. Trocaram uma de suas três atividades extracurriculares por passeios contemplativos ao ar livre.

Não foi fácil. Não foi tranquilo. Não foi rápido. Mas foi recompensador.

Hoje, Menino é livre para continuar a ser quem sempre foi: aquela criança risonha e simpática que se interessa pela vida, de olhos cheios de um brilho radiante e cheio de energia. Sem rótulos. Sem drogas. Com orientação e envolvimento familiar, uma escola comprometida e muito, muito respeito pela pessoa que ele é. E não pela que querem que ele se torne. Afinal, ele é um cisne. Não um patinho feio.

Ligia Moreiras Sena, do blog Cientista que virou Mãe, é mãe de Clara, 3 anos. Conheça seu blog em: 

Texto publicado na portal globo.com no site Crescer, que convida blogueiros brasileiros para escrever a respeito do cotidiano dos seus filhos: 

terça-feira, 21 de maio de 2013

Não entre nessa jaula. Sonhe e realize!


Olá
amigos,

Sabe quando temos aquela sensação que tudo vai dar errado. Que todos os seus objetivos, seus ideais e perspectivas foram em vão? Que todo esforço não valeu a pena. Na verdade não existe nada errado. Continue... Tudo tem o seu tempo, e existe o tempo para tudo. Se persistir com certeza conseguirá. É lei... se tentar consegue.

Aproveito para “com-partilhar” o texto que recebi de uma amiga.
abraços com afeto,
Ariovaldo Ribeiro

Mantenha suas metas distantes dos frustrados  
"É muito melhor ousar coisas difíceis, conquistar triunfos grandiosos, embora ameaçados de fracasso, do que se alinhar com espíritos medíocres que nem desfrutam muito nem sofrem muito, porque vivem em uma penumbra cinzenta, onde não conhecem nem vitória nem derrota."Theodore Roosevelt

Outro dia assistia a um programa na televisão, cujo tema era pesca do caranguejo.  A ênfase era dada a uma espécime que é muito difícil de ser capturada, ágil e suficientemente inteligente para escapar de todo tipo de armadilhas para caranguejos.  Não obstante, milhares deles são capturados diariamente, devido a um traço particularmente humano que possuem.

A armadilha é uma jaula de metal com uma abertura na parte superior.  A isca, um pedaço de carne, é colocada na jaula e esta é mergulhada na água.  Chega um caranguejo, entra na jaula e começa a beliscar a isca.  Um segundo caranguejo se une a ele, um terceiro, um quarto... uma festa.  Finalmente não há mais isca.

Os caranguejos poderiam subir pelas laterais da jaula e saírem pela abertura, mas não o fazem, permanecendo lá dentro.  Outros caranguejos chegam e se unem a eles, muito depois que a isca, o suposto banquete, desapareceu.

Se um dos caranguejos se dá conta de que já não há motivos para permanecer na jaula e tenta sair, os outros se unem e o impedem de deixar a jaula.  Se ele persiste, os demais lhe arrancam suas tenazes para que não possa subir. Todavia, se continuar persistindo, morrerá.

A principal diferença entre estes caranguejos e nós, é que eles vivem na água e nós na terra. Qualquer pessoa que tenha um sonho que o permita sair da jaula, o lugar comum, a zona de conforto, a estagnação, deverá tomar muito cuidado com os colegas de "jaula", os caranguejos humanos, os frustrados. Não utilizam a força física, ao menos em geral. Não necessitam fazê-lo. Tem outros métodos mais efetivos à mão e em suas bocas: insinuações, dúvidas, ridículo, sarcasmo, cinismo, ironia, boicote, humilhação, mentira e outra dezena que foge ao meu vocabulário.

Minha sugestão: mantenha suas metas distantes destes frustrados.  Frustrados não gostam de ver as pessoas perseguindo sonhos, lembram-se que não vivem os seus.  Ao convencer-nos da inutilidade dos nossos sonhos, nos convencem a seguir atados ao seu estado de comodidade. Eles nos dirão todas as mentiras racionais que dizem a si mesmos.  E se não acreditarmos, certamente nos desaprovará.

Considere seu sonho como uma semente frágil.  Agora é pequena, necessita de cuidados e proteç ão.  Chegará o dia em que será forte, mais forte que as flechas das pessoas limitadas.

Quando tiver alcançado suas metas, poderá contar-lhes.  Inclusive diante da irrefutável evidência, a expressão mais comum que ouvirá será: "Não acredito!" Se não podem crer diante da realidade, imagine o que diriam de nossos sonhos.

Isto não se aplica a amigos especiais e gente que nos apoiam, que acredita em nosso potencial.  Que diz: "Que bom, você merece!".

Infelizmente, na maioria das vezes ouvimos: "Que coisa estúpida!", e uma série de argumentos e motivos pelos quais não poderemos realizar nossos sonhos. Devemos escut á-los com paciência, entretanto, alertá-los acerca de sua comodidade de sonhar que os manterão firmemente presos na jaula até que seja levantada.

“Não entre nessa jaula.  Sonhe e realize  o Sucesso"

"Um dos mais elevados deveres humanos é o dever do encorajamento... É fácil rir dos ideais dos homens;  é fácil despejar água fria no seu entusiasmo; é fácil desencorajar os outros.  O mundo está cheio de desencorajadores.  Temos o dever de encorajar-nos uns aos outros.  Muitas vezes uma palavra de reconhecimento, ou de agradecimento, ou de apreço, ou de ânimo tem mantido um homem em pé". Willian Bar Clay

Livro Insight – Daniel de Carvalho Luz(Ger.Recursos Humanos e Sistemas da Qualidade)
(foto arquivo pessoal.)