segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Carentes todos nós somos - Parte 9


Um mergulho para a cura da alma pela descoberta do amor aos pais. 

Olá queridos,
Amigos,

Até aqui vim explanando tendo como base minha própria trajetória, e valendo-me também do ensinamento da Seicho-No-Ie, que professo e estudo há mais de 27 anos.

Durante cerca de 25 anos dentro do movimento, tive a oportunidade de trabalhar com os jovens. O que me fez mergulhar fundo neste universo, orientando e sendo orientado nas mais diferentes paisagens que envolvem a vida em processo de crescimento, adquirindo maturidade.

Tenho minhas dúvidas se um dia teremos todas as respostas. Bem, penso que não. E, tenho minhas dúvidas também se um dia seremos maduros, sem medos e totalmente seguros.  Maduros ou não, uma coisa eu sei, quando a gente se encontra, adquire autoconfiança – e esse atributo muda pra sempre a nossa caminhada.

Se você esta tendo contato com este blog pela primeira vez, gostaria de lhe sugerir que volte um pouco e leia com atenção desde a parte 1, com certeza irá lhe posicionar melhor e lhe ajudar neste mergulho.

Da parte 1 a 6, vimos algumas das inúmeras carências que o ser humano pode vir a desenvolver, já a parte 7 narra o porquê do nascimento, e neste post vamos por outras correntes lançar um olhar para outros recifes e corais e seguir para os finais deste mergulho. E aqui o sucesso da sobrevivência não vem do conhecimento e sim da harmonia com a vida, e da vontade de viver que brota, resultado deste harmonia.

Como tomei por base minha própria trajetória, deixei de abordar muitas outras questões que também envolvem a relação, nascimento, pais e filhos. Mas mesmo aquelas cuja a vida não se exemplifica nestes post, poderá por meio desta reflexão encontrar muitas respostas.

Outro ponto que também preciso deixar claro, é que não defendo nenhuma bandeira do tipo, “pare seu tratamento e dedique-se apenas ao lado espiritual”.

Diferente de outros pensamentos, a Seicho-No-Ie nos ensina que o ‘viver religioso’ acontece quando nos relacionamos com o mundo, principalmente com o nosso mundo e não quando nos isolamos dele.

Como estudante de meditação, convivo com diferentes praticantes. Sempre ouvindo, estudando, praticando, interpretando e buscando o meu caminho. Recentemente fui ouvir o relato de um conhecido que ficou três meses em clausura de meditação. Um ponto que ele descreveu em sua experiência e que me serviu muito de reflexão, foi sua percepção de que, antes de exilar-se precisamos apreender a meditar no mundo.  Ou melhor, podemos usar tudo a nossa volta para nosso aprendizado... Ainda espero viver a aventura de uma clausura meditando estou me preparando para isso.

Atualmente pratico a Meditação Shinsokan e também Meditação Transcendental, duas técnicas diferentes, mas singulares, e, esporadicamente Shamata pura, impura e Vipassana. Na Seicho-No-Ie, não temos retiros específicos de meditação, nossos retiros envolvem vários aspectos, além da meditação como o estudo da verdade e convívio com o próximo. São retiros de dois, tres, cinco ou dez dias. Cada momento é impar e os resultados são narrados pelas mais de quarenta mil pessoas anualmente que passam por eles como sendo uma experiência, única.

Já participei de retiros Budistas, de meditação, estive em um de tres dias, foi muito bom, de três meses acho que não conseguiria, mas espero em breve viver uma imersão de quinze dias. Mas tudo isso é um outro capitulo.

O que precisamos compreender com mais profundidade, é que dentro da nossa vida, ou mesmo do nosso mundo, das nossas cercanias, estão os elementos indispensáveis para o nosso aprimoramento. Não precisamos de nenhuma viagem para fora de nós, nenhuma aventura, além do nosso convívio que poderá nos trazer respostas. As respostas estão aqui, diante de nós. 

O nosso grande mestre sempre é o nosso ambiente. 

Claro que, quando na clausura mental, ou em uma viagem, ou mesmo um retiro espiritual, uma imersão em uma Academia de Treinamento Espiritual, como as da Seicho-No-Ie, tudo muda, encontramos muitas respostas e  abrimos os olhos da mente – e tudo  sempre muda com mudança do observador - do eu.  

Há um tempo, navegando pelo facebook, vi a foto de uma mulher muito magra, que atribuía sua magreza ao fato de viver nas redes sociais, e compartilhei para brincar com minha tia, mostrando que ali estava à solução dos nossos problemas, passar mais tempo nas redes sociais.  Comento isso, para mostrar como em muitos momentos estamos cegos, ou mesmo indiferentes com alguns dos problemas que envolvem os seres humanos.  Logo percebi que algumas pessoas ficaram profundamente ofendidas com a minha falta de atenção ao compartilhar aquela foto. Por não ter notado que a foto dava a entender, que aquela senhora sofresse de um mal profundo e com aquele humor negro desrespeitávamos completamente sua vida,  e suas dores.

Li com atenção, todos os mais de oitenta e três posts no assunto, mas o que mais me tocou foram as pessoas que a defenderam, justamente por conviverem e auxiliarem pessoas com esses problemas.

Estes e outros pontos não estão contemplados em nosso mergulho, mas ainda assim, a anorexia está ligada ao amadurecimento autocentrado, um aspecto negativo do ego, a bulemia está ligada também as pessoas que não aceitaram uma determinada situação – talvez uma perda, ou o medo da perda em sua trajetória- e querem a todo custo expurgar de sua vida esse aspecto, tudo ligado ao corpo. Ligada as “dores do corpo”. 

Outras questões, como por exemplo, a bipolaridade, o déficit de atenção, os transtornos de atenção, ou mesmo a hiperatividade não foram abordados, mas ainda assim os “nós” primeiros dessas ilusões envolvem nossa relação com nossos pais.

De um modo bem resumido, vimos algumas carências, dentre elas entrei no tema dos “vícios ocultos”, no próximo post, vamos mergulhar um pouco mais no mudo dos vícios, já outras questões pretendo abordar em outros momentos.

Mas a pergunta é : Como livrar-se das carências?

Primeiro precisamos entender o que é carência. Segundo Michaelis, o dicionário virtual brasileiro, carência pode ser falta, ou necessidade, ou privação. Existem outros significados, mas nos atemos a estes.

O Preletor Katsumi Tokuhisa, em seu livro a Prosperidade está na Mente. Nos ensina que o ser humano possui cinco desejos básicos: ser amado, ser livre, ser útil, ser elogiado e ser reconhecido.

Analisando bem esses aspectos naturais. Podemos concluir, que na falta, na necessidade ou na privação de um desses desejos, todos nós vamos ter em maior ou em menor grau uma espécie de carência.

Sendo assim, carentes todos nós somos.

Basta algo fugir do nosso controle, alguém não reconhecer que somos úteis, não nos sentirmos amados e assim por diante, que lá estará à carência.

Segundo o professor Masaharu Taniguchi - fundador da Seicho-No-Ie - em seu livro A Verdade volume 8 - Fé,  tudo aquilo que a gente alimenta, cresce. Tudo que damos vida,  irá possuir vida. Tudo aquilo que a gente reconhece, passa a ter existência. E tudo aquilo que a gente não alimenta, não se desenvolve, não tem forma, não se sustenta.

O que nós estamos alimentando?
O que estamos cultivando?

Se você alimenta a carência, vai chegar uma hora que ela dominará toda a sua existência. Pequenas questões podem vir a tornarem-se os maiores vilões da nossa existência.

Na Seicho-No-Ie aprendemos e treinamos nossa mente para sempre reconhecer o bem, o belo e a verdade. Não como fuga da realidade, mas como método para transformar nossa realidade, de modo a deixar de alimentar o que não possui existência verdadeira.

Até aprendemos uma palavra de ordem que é: “o que não existe, não existe, só tem de desaparecer”, e assim não alimentamos as carências e elas deixam de ter peso sobre nossa existência.

A verdade que rege a nossa vida nos dias atuais, funciona tal qual o verbo “ser” conjugado no tempo presente. Aquilo que você aceitar que é, assim o é.

Pare um pouco e responda: Qual é a verdade da sua vida?

Se a verdade da sua vida é: nada da certo, assim o é! 
Agora se a verdade da sua vida é: aonde quer que eu vá às portas se abrem, assim também o é.

Veja que nossas respostas refletem o que somos, e o que somos são resultados das nossas escolhas, e nossas escolhas foram realizadas no modo como fomos lidando com nossas questões primárias. Na verdade, não foi o que aconteceu, mas a resposta a aquilo que aconteceu, que fez com que o eu fizesse determinadas escolhas, e essas se converteram nas mais variadas verdades.

Esses dias conversando com uma amiga, Líder da Iluminação da Seicho-No-Ie, preparando-se para uma palestra; ela comentou que tinha acabado de ler na Revista Veja, que atualmente existem alguns adolescentes que estão buscando o caminho da automutilação como forma de prazer.

A automotilação é um distúrbio de comportamento que faz com que a pessoa agrida o seu próprio corpo ao sentir tristeza, raiva, nervosismo ou viver um trauma.

Um estudo realizado na King's College, em Londres, e na Universidade de Melbourne, na Austrália entrevistou 1.943 adolescentes de 44 escolas de todo o estado de Victoria, Austrália, com idade entre 15 e 29 anos. 149 relataram automutilação, as meninas mais do que os meninos.

Durante a adolescência, os incidentes de automutilação foram associados de maneira independente com sintomas de depressão e ansiedade, comportamento antissocial, de alto risco de uso de álcool, drogas e cigarro.

O número assusta quando vemos que um em cada 12 jovens se mutila, com agressões como cortes, queimaduras e batidas do corpo contra a parede. Para aqueles que se autoflagelam, a prática é uma tentativa de aliviar sensações como angústia, raiva ou frustração.

O que causa automutilação?

Em entrevista a revista Época, a socióloga da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos Patricia Adler, que estudou durante dez anos automutilação, juntamente com o marido, o sociólogo Peter Adler, afirma que casos como esses são fruto da criação de uma cultura tolerante à autoagressão.

De acordo com Patricia, os jovens se cortam porque acham a vida dura. Ela conta que a automutilação era uma patologia mental discreta até os anos 1990, quando artistas e celebridades começaram a assumir a prática em público e, com isso, estimularam mais jovens a se agredir. Porém, a pesquisadora afirma que muitas pessoas entrevsitadas na pesquisa planejavam seus ferimentos de forma racional, pensando naquilo como uma válvula de escape para dias tensos ou como fatores que lhes acalmavam, o que não segue o modelo psicológico. "Está virando uma tendência, uma moda. E competem para ver quem sofre mais, quem tem mais dor", afirmou. (fonte: http://vilamulher.terra.com.br/automutilacao-meninas-jovens-sao-as-maiores-vitimas-8-1-57-135.html)


Veja! Para cessar um tipo de carência, se busca uma automutilação. O estranho é que estes mesmos jovens, não elencam um problema maior, muitos até possuem lares saudáveis, mas o modo como respondem a vida, os fazem buscar um método para anestesiar a mente, e na automutilação vivem uma espécie de êxtase que os tira do foco da dor, através de uma outra dor.

Outra vez voltamos ao ponto central, meu nascimento, minha resposta para a vida, minha leitura de vida, minhas escolhas.

Por mais duras que sejam as experiências, por mais sólidas que sejam as dores, podemos abandonar tudo, e nos livrar de tudo, uma vez que o perfeito existe dentro de nós.

Sim, existe um caminho para libertar a alma. O caminho está na reconciliação com a nossa história, com quem somos, com quem nos permitimos ser.

E esta cura está na nossa relação com os nossos pais. No amor entre pais e filhos existe a cura.

Neste amor, descobrimos quem somos, e nele poderemos restaurar nossas vidas.

Continua...
Ariovaldo Adriano Ribeiro
fotos by Ariovaldo Ribeiro - albúm sitio quimera - São Roque - SP

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

O valor da amizade em plena era das redes sociais.


Hoje em dia ser popular é quase uma obrigação. Com o advento da internet, e suas multi-facetadas funções qualquer pessoa pode sair do anonimato e ter seu momento de fama como jamais visto na história dos grandes heróis da humanidade.

Hoje nas escolas travam-se verdadeiras disputas por amigos virtuais, como se o fato de você ter mais amigos, fizesse de você o mais popular.

Qualquer um, com uma câmera fotográfica, sem nenhum recurso e uma conta no Youtube, pode ser recordista de audiência desbancando uma mega produção preparada para isso.

Claro que mesmo em meio ao caos, existem as oportunidades e para quem possui autenticidade pode aproveitar a internet, divulgar seu trabalho, e ter também a sua oportunidade no “Hall da fama”.

Mas cuidado!
É no “Hall da fama” que afelearam-se milhares de solitários, que por não saberem cultivar o amor leal, vivem sem amigos.

É lá também que se constroem tribos, com regras e códigos ocultos, que induz o outro a pensar que para ser aceito, ou para fazer parte de um grupo específico, seja necessário abandonar a originalidade igualando-se aos demais no comportamento e na conduta.

Este grupo geralmente gira em torno de uma pessoa tida como “popular”. Alguém que transmite a falsa ideia de poder e, um forte carisma, usado para dominar e persuadir os demais.

É triste constatar, que não são raras às vezes, que esses líderes destroem a vida dos demais pela prática de Bullying  ou por maus exemplos, encaminhando os integrantes desta vida vazia para o mundo da drogadição, como fuga para aplacar a dor da alma no hall daquele que fez da sua fama um esconderijo da vida vazia.

Quando nos tornamos iguais perdemos a nossa identidade e é na diversidade de cada um, que a vida ganha brilho. Na amizade todos buscam compreensão. Todos buscam o convívio do amor.

Só que infelizmente as pessoas estão buscando compreensão em um mundo imaginário, que constrói e destrói qualquer um bastando para isso apenas um click.

Esses são os amigos de uma vida por interesse. Todo mundo usa todo mundo. Está atitude é comum e aceita quando somos crianças. A relação de amizade se dá por trocas, se chega um amiguinho com um brinquedo novo, rapidamente se esquece daquele leal amigo sem nenhum constrangimento e agora se cultiva a nova amizade sem o mínimo de preocupação com o “ex-amigo”.

Nunca se conviveu com uma sociedade tão carente como nos dias atuais. Este é o grande paradoxo já que a indústria do turismo, nunca esteve tão farta com os mais diversos entretenimentos nas mais diversas áreas.

Em O Livro dos Jovens, o professor Masaharu Taniguchi, no capitulo 11: O Valor Inestimável de Bons Amigos, nos alerta da influência espiritual que exercemos uns sobre os outros.

E, no contexto atual, ainda é muito mais importante prestar atenção com os grupos a quem nos filiamos justamente por conta desta troca de influência que nos acompanha pela vida.

A internet derrubou fronteiras, mas o homem a cada dia se torna mais solitário e prisioneiro das suas mazelas.

Hoje, mais do que nunca é essencial compreendermos nossa visão de mundo, entender quem somos como somos e o porquê de sermos assim.

Acolha a sua história e quem é você. Aceite tudo e depois disso sim, decida ser um grande homem, uma grande mulher que vive livre e, traça o seu próprio caminho seguindo a orientação de Deus e não aceitando más influências por carência.

Para ser livre, busque com administrar com maestria a mente, emoções e energias. Pois são estes os elementos que dirigem nossas mais sutis ações, as quais sendo positivas originam felicidade, e quando negativas, geram sofrimentos para todos, incluindo aí pessoas que nos rodeia, a humanidade e a natureza.

Convivemos com muitas pessoas que vivem na superficialidade, buscam a reconciliação como modismo, na esperança de uma vida feliz. Não sabem ouvir, e por outro lado querem ser respeitadas, admiradas, e reconhecidas. Pesam a felicidade pelo número de amigos presentes nas redes sociais.

Mais do que qualquer um o jovem de hoje precisa adaptar-se a todos os processos e linguagens  e precisa compreender que adaptar-se não significa desaparecer no mundo físico e viver somente no mundo virtual.

O professor Seicho Taniguchi no livro Meditação Shinsokan é Maravilhosa, o livro que ensina meditação para adolescentes, alertava os jovens, da necessidade do amadurecer com autenticidade.

Segundo ele, como Filhos de Deus todos nascem com a mente límpida, e possuem virtudes, e trazem em si uma vida de real valor e significado.

Porém com o passar do tempo, vão obscurecendo a mente, com pensamentos egoístas e voluntariosos, deixa-se levar pelas conversas dos colegas, pelas fofocas que só denigrem os demais e busca aprovação na reprovação do modo como o outro vive.

No egoísmo impera a satisfação das vaidades pessoais, característica do mundo das mentiras que faz qualquer um esquecer-se de si. A consequencia é que aos poucos essas pessoas perdem o vigor. E mesmo que possua nas redes verdadeiros impérios de amigos, deixam de serem amadas pelas pessoas que as cercam e tornam-se iguais a balões murchos, como cita o professor Seicho Taniguchi em seu livro.

É preciso parar de fingir e aprender viver de verdade. Quando fingimos pode até ser verdade para todos os presentes, mas na mentira não há espaço para a alegria.

Vamos abandonar a superficialidade, para isso cresça com aquilo que você é.

É essencial que você decida antes de tudo, ser o seu melhor amigo.

Temos uma vida terrena de grande significado, se não compreendermos claramente a razão do nosso nascimento, por que nesta vida nascemos destes pais - quais lições nos são essenciais, poderemos amargar uma vida sem sentido.

Para tanto é necessário percorrer o labirinto das emoções mais ocultas, reconhecer a fragilidade do sentir, a raridade e preciosidade dos ínfimos dissabores, suas lições e singularidades, para viver a redução dos conflitos e encontrar, no caos que aparentemente envolve o viver, a oportunidade de ser mais feliz e ter uma vida naturalmente cheia de brilho e profundidade.

Mais do que nunca hoje você precisa ser o seu melhor amigo.

A humanidade está carente de Deus.

Volte a sua mente para Deus, quando você encontra Deus, quando mergulha no Seu Mundo, você encontra o mundo onde nada falta. Falo isso pela minha própria experiência de vida.
Graças a Deus aos quatorze anos aceitei participar de um evento da Seicho-No-Ie, e de lá para cá, pautei minha vida nos ensinamentos e em muitos momentos de solidão fiz dos livros da Verdade os meus melhores amigos. E assim renasci e me tornei livre. 

Na Revelação Divina da Grande Harmonia existe o ensinamento que precisamos “nos reconciliar com todas as coisas do Céu e da Terra”, para sentir Deus, mas antes de tudo, precisamos começar agradecendo aos nossos pais.

Durante muitos anos, pensei em me reconciliar com tudo, e queria que a minha vida ganhasse significado, só que deixava a reconciliação com os meus pais em segundo plano.
Assim, que iniciei no movimento, li dez vezes o livro Buscando o Amor dos Pais, por orientação de um preletor que enfaticamente me disse que, enquanto eu não me reconciliasse com meus pais, nada daria certo em minha vida.

Mas o estranho é que eu já era uma boa pessoa, mas por que precisava agradecer tanto assim os meus pais? Não seriam eles que deveriam me agradecer? – olha como eu pensava.

Quando somos jovens ou quando a nossa mente não está madura o suficiente, agimos pelo ego.

Quando terminei a leitura do livro, fui tirar satisfação com o preletor, que logo me disse que eu não tinha lido o livro como ele pedira. Achei muita petulância da sua parte e igualmente petulante, perguntei: então quem era que tinha lido? E ele me respondeu: o seu ego, que não quer mudar, e continua colocando a culpa da sua covardia em seus pais. Se colocando como vítima, porque o seu pai foi embora, porque sua mãe lhe abandonou na casa de sua avó, porque sua avó foi severa. Você quer ser vítima e um pobre coitado.

Como foi difícil ouvir aquelas palavras, como quis nunca ter ido na Seicho-No-Ie, como desejei não mais voltar.

E, foi quando aceitei e li mais uma vez o livro, que despertei e como achava que não tinha recebido amor, quem tinha que dar era eu. Para sentir-se amado, você precisa amar as pessoas.

Ao me reconciliar com minha história ganhei minha família como meus principais amigos.
Para ser verdadeiramente feliz, faça de Deus o seu melhor amigo. Faça de seus Pais o seu melhor amigo, tenha os livros da Verdade como seu conselheiro espiritual e amigo.

Depois disso claro você terá milhões de amigos na redes sociais reflexo da sua vida pessoal.
Afinal de contas, muitas pessoas vivem Deus, praticam o bem, e assim como você são autenticas originais e já decidiram viver a vida humana manifestando a vontade dívida.

Quando praticamos o bem, encontramos os amigos reais.
do seu mais novo amigo,
Ariovaldo Adriano Ribeiro
Publicado na Revista Mundo Ideal – Julho – 2012 - http://portal.ajsibr.org/
Fotos by Ariovaldo Ribeiro

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Pretérito Perfeito


Pretérito Perfeito

Olá amigos,

Então, depois do encontro com meu pai, precisei de um tempo na clausura, para entender tudo o que aconteceu e assimilar bem esse momento. 

Agora é hora de voltar... ainda que ausente, continuo respondendo às orientações que tenho recebido aqui pelo blog. Se alguma coisa ficou no vácuo, por favor, me mande novamente, andei recebendo tantos e-mails que realmente me perdi um pouco no gmail. Perdoem-me.

Já está quase tudo pronto para concluir o mergulho para a cura da alma pela gratidão aos pais. Fiquem atentos!!!

Também tenho que confessar, estou pecando... venho acompanhando a trama e me divertindo com Carminha & Cia...rs!

Estou consciente do tempo que se perde nesta investida televisiva. E como isso nos aprisiona e nos cega.

Mas um tempo sem enxergar é também um bom tempo para reaprender a olhar.

Por traz de cada quadro, sempre existe uma urdidura responsável pela sustentação das cores.

Nossa vida também é movida respeitando o mesmo princípio. Em cada emaranhado, em cada fio que se desprende pela dúvida ou tristeza, em cada sentimento de perseguição, encontramos uma textura do passado no presente.

Pra quem está na tela, é quase que impossível perceber o que de fato se passa, uma vez que somos levados na intensidade das cores e dores do momento. 

Ainda assim, é no presente, que conseguimos nos colocar na posição de quem olha, aprecia e escolhe novas tintas.

Não se pode abandonar o passado, mas podemos escolher novas cores.

Voltando a pintar...


Ariovaldo Adriano Ribeiro
foto by Ariovaldo Ribeiro