quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Como ser feliz ?

Um diálogo de como tornar-se livre.                                                 Parte II
Isto é possível?
A atual vida solitária de algumas pessoas não foi determinada por vingança do destino inflexível, mas é o resultado de sua livre escolha.
O grande erro das pessoas que acreditam na teoria do carma e da reencarnação é admitir a fatalidade em todas as atividades da vida humana. Essa convicção as deixa psicologicamente paralisadas além degradá-las espiritualmente.
Mesmo que seu destino esteja prestes a sofrer a explosão do carma maléfico, depende de você apressar essa explosão ou afastar a bomba para longe a fazendo explodir em um terreno seguro.
É um grande engano trocar o objetivo da felicidade pela satisfação dos prazeres.
Existe um conceito Budista que particularmente gosto muito, gostaria de compartilhar com vocês nesta reflexão.
Sem o mínimo de estabilidade interna, nós sempre seremos movidos pelos outros.
Devemos olhar cada ser com as seguintes aspirações: “que ele possa encontrar a felicidade e as causas da felicidade, que ele possa se livrar do sofrimento e de suas causas, que ele se libere de seus condicionamentos, que olhe com lucidez para tudo e que possa trazer muitos benefícios aos seres ao seu redor.”
Você deve dirigir esses pensamentos para todas as pessoas.
Ao fazer isso, lentamente vamos trocando a base das relações. Trocamos "Que ele me ame" por "Que ele seja feliz". Não "Que ele seja feliz COMIGO!". Apenas "Que ele seja feliz". Isso com nossos ex- , filhos, amigos, inimigos e sogras.
 No processo convencional, temos relações aflitivas.
 Os outros desejam que nosso amor seja confirmado sempre.
 Nós também precisamos de provas o tempo todo, perseguições, ligações obsessivas no celular, checagens, testes, vivemos com medo e insegurança constantes.
 Na verdade precisamos olhar e nos alegrar com as qualidades dos outros.
Fazemos isso naturalmente com aqueles amigos por quem nutrimos especial afeto.
Basta que expandamos isso a todos.
 De todas as definições de amor, eis uma sugestão budista: amor é a capacidade de ver qualidades positivas no outro, nos alegrarmos e agirmos para seu florescer.
 Não só vemos sementes, mas umedecemos raízes para que o outro se torne mais virtuoso e feliz.
 As relações são pra sempre!
 No Budismo Mahayana, se diz que todos os seres já foram nossas mães.
Aquele ser que hoje nos persegue já foi nossa mãe, nosso pai, nosso irmão. Esse não é um pensamento esotérico ou místico.
 Todos os seres já foram namorados e namoradas uns dos outros.
 Quando devemos acabar com a proximidade?
Quando não há crescimento, quando a relação não promove o desenvolvimento das qualidades positivas do casal,quando um tranca o outro, mesmo que seja através de MSN, Orkut, Facebook ,etc.
Será que não estamos cerceando a liberdade do outro?
Ainda assim, uma separação não é um corte. A relação sempre continua de outra forma.
Apenas foi introduzida uma distância.
De fato, é pela nossa felicidade que às vezes decidimos pelo distanciamento.
Nós temos o hábito de tratar as relações de modo diferente: uma coisa é namoro, outra é amizade, outra é família, são todas relações humanas.
Nós nos relacionamos igualmente com todos, porém é impossível ser próximo de todos, estruturalmente impossível.
Portanto, é natural que surja o casal, uma relação de intimidade que possibilite trocas mais profundas, sexo, etc. Porém, a diferença é de grau, não de tipo ou qualidade.
 Como as relações são todas iguais, nossa postura deve ser a mesma.
Pegue o exemplo do dar em generosidade.
Você dá uma câmera fotográfica ao outro. Se ela quebrar, o outro sofre, pois a alegria está vinculada a um objeto.
Mas nada quebra seu ato de dar.
 A alegria que vem do simples oferecer é permanente, não flutua, independe de resultados, não se perturba,ao contrário, se o seu ato é feito esperando por uma recompensa, isso chama o sofrimento. É só o outro não gostar e nós perdemos a alegria!
 Nós somos consumidores. Consumimos os outros, consumimos a natureza.
 Descartamos pessoas, descartamos recursos naturais. Não teremos chance se não invertemos essa relação.
Atingir o objetivo da felicidade significa conseguir o autoaperfeiçoamento porque um destes fatores não existe sem o outro.
Autoaperfeiçoamento é um processo que se obtém através de esforços definidos: respeitar todas as pessoas envolvidas na situação; não prejudicar o modo de vida de ninguém.
Faz-se necessário conduzir o intrincado relacionamento que se dá entre as pessoas em direção a reconciliação à harmonia e ao bem estar.
É através desses esforços que se concretizam o progresso da evolução da alma.
O cenário parece novo, mas na verdade tudo vem do passado – defrontou-se com a própria imagem expressa na figura – do outro.
Aja segundo o ideal escolhido por você. Este ideal não se refere à pessoa, mas sim ao padrão de conduta que você adota.
O amor perfeito expulsa o medo, não se apodera de nada, apenas ama.
No lugar do amor julgamos que poderíamos utilizar a palavra gratidão.
Assim quando se aceita a força criadora da vida com gratidão, desaparece toda espécie de medo. E se vive o amor.
Autoaperfeiçoamento- identificar é diferente de julgar
Buscar o amor tendo um comportamento contrário – é uma forma apenas de chamar a atenção.
Você sabia que o corpo humano é um presente, e quando não estamos bem temos a tendência é jogá-lo fora? Utilizamos-nos das feridas do amor, para macular a vida.
Quando se manifesta a revolta por meio de criticas, desobediências e comportamentos rebeldes significam que existe por trás o sentimento de carência. A busca pelo amor.
Amadurecer – é libertar-se é sustentar-se, é caminhar com as próprias pernas, mas se você se segura nas falhas, nas pessoas, na família, não cresce. E jamais irá sentir-se capaz de amar e ser amado.
Se a mente se livrar das bactérias chamada ira, preocupação e medo e a alma se livrar da ignorância não aparecerá nenhuma carência física nem viverá na pobreza. E você estará livre, aqui e agora.
 Assim você está pronto para viver o amor, sem culpa, sem medo e sem expectativas.
Apenas pronto para viver o amor.
Você deseja ser amado, e vive buscando o amor no mundo exterior?
Interrompa imediatamente essa busca.
Na vida nada está errado, tudo tem uma finalidade é só isso.
Tudo o que vem até você, e lhe causa algum desconforto, encare apenas do ponto de vista da reconciliação. Reconcilia-te e viva plenamente, o “aqui e agora” com alegria.
Em termos de verticalidade viver plenamente o agora significa ter consciência do seu eu divino e da natureza búdica que trás dentro de si o passado, o presente e o futuro. Em termos de horizontalidade significa ter consciência do eu verdadeiro e universal que abrange dentro de si todos os seres do universo que estão em harmonia com todos os seres e todas as coisas do universo.
Quando tomamos consciência da nossa natureza divina, extinguem-se todos os conflitos íntimos causadores de todas as dores. E encontramos o amor que torna a vida plena.
Expresse o amor, e siga o caminho que realiza Deus.
 Pratique a concentração mental.
E tenha um grande ideal. SER FELIZ!
Espero cada vez mais, encontrar em meu caminho esse lucidez.
Ariovaldo Adriano Ribeiro
Sugestões de leitura: A Verdade da Vida vol. 8 e 22 / O Livro dos Jovens e Buscando o Amor dos Pais.
Fotos by Ariovaldo Ribeiro

4 comentários:

  1. Gente o solitário da foto sou eu rs Adorei Ari, Abração!

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  2. Maravilhosa matéria, muito boa mesmo! Sempre me ajudando a ser uma pessoa melhor.
    Abraço carinhoso.

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  3. Boa noite, Ari! Acho que vou sonhar com esse seu post...nossa...estou maravilhada! Principalmente com a parte da qualidades das relações humanas...isso está no fundo de nossa alma, mas as vzs deixamos o ego falar mais alto e nos deixamos "levar" pelos padrões...
    Muito obrigada! Iluminou mais ainda minha noite!

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  4. Perfeito!!! Agradeço a oportunidade de estar preparada para entrar em contato com esse texto e compreendê-lo profundamente...

    Paula - Cascavel-PR

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