sábado, 15 de outubro de 2011

A enxurrada de enganosas grandes idéias.


Recebi, este artigo para ler, de um grande amigo. 
Aproveito para compartilhar com todos.
...sou apenas um aprendiz, no caminho da arte de pensar, do mergulho na meditação. Porém também me preocupo com a paranoia do consumismo que cega a humanidade. 
A alineação das idéias massifica o pensamento humano,  não se encontram mais critérios para avaliar o que é mentira ou verdade dentre as inúmeras informações em que somos expostos. Pensar é saudável, e como anda a qualidade dos nossos pensamentos? O problema aqui é pensar com ansiedade ou gerar um pensamento que nem ao menos é nosso. 
O auto índice de drogas, violência, depressão e até suicídio repousa na ausência das idéias produzidas e alinhadas com o caráter de cada um. Este por sua vez nasce da compreensão de si, do abandono da vitimização, da coragem que surge diante das dificuldades, não da mente que é vítima do sistema social que produz a insatisfação crônica.
boa leitura,
Ariovaldo
(foto by Ariovaldo Ribeiro)
O número de julho/agosto de The Atlantic alardeia as "14 Maiores Ideias do Ano". Prenda o fôlego. As ideias incluem "Os jogadores são os donos do jogo" (n.º 12), "Wall Street: a mesma de sempre" (n.º 6), "Nada permanece secreto!" (n.º 2), e a maior de todas do ano, "A ascensão da classe média - só que não a nossa", que se refere às economias em crescimento de Brasil, Rússia, Índia e China.
Pode soltar o ar. O leitor deve achar que nenhuma dessas ideias parece particularmente de tirar o fôlego. Nenhuma delas, aliás, é uma ideia.
Elas são mais observações. Mas não se deve culpar The Atlantic por confundir lugares comuns com visão intelectual. As ideias simplesmente não são o que costumavam ser. Em um passado distante, elas podiam acender debates, estimular outros pensamentos, incitar revoluções e mudar fundamentalmente as maneiras como observamos e pensamos o mundo.
Elas podiam penetrar na cultura geral e transformar pensadores em celebridades - notadamente Albert Einstein, mas também Reinhold Niebuhr, Daniel Bell, Betty Friedan, Carl Sagan e Stephen Jay Gould, para citar alguns. As próprias ideias podiam se tornar famosas: por exemplo, "o fim da ideologia", "o meio é a mensagem", "a mística feminina", "a teoria do Big Bang", "o fim da história". A grande ideia podia ganhar a capa da revista Time - "Deus está morto?" - e intelectuais como Norman Mailer, William F. Buckley Jr. e Gore Vidal seriam eventualmente convidados para as poltronas dos talk shows de fim de noite. Isso foi há uma eternidade.
Se nossas ideias parecem menores hoje, não é porque somos mais burros do que nossos antepassados, mas simplesmente porque não ligamos tanto para as ideias quanto eles ligavam. Aliás, estamos vivendo cada vez mais em um mundo pós-ideia - um mundo em que as ideias grandes, as que fazem pensar, que não podem ser instantaneamente monetizadas, têm tão pouco valor intrínseco que menos pessoas as estão gerando e menos canais as estão disseminando, a despeito da internet. As ideias ousadas estão praticamente fora de moda.
Argumento lógico. Não é segredo, especialmente nos Estados Unidos, que vivemos numa era pós-Iluminismo na qual racionalidade, ciência, argumento lógico e debate perderam a batalha em muitos setores e, talvez, até na sociedade em geral, para superstição, fé, opinião e ortodoxia. Embora continuemos fazendo avanços tecnológicos gigantescos, podemos estar na primeira geração que girou para trás o relógio da história - que retrocedeu intelectualmente de modos avançados de pensar para os velhos modos das crenças. Mas pós-Iluminismo e pós-ideia, embora relacionados, não são exatamente a mesma coisa.
Pós-Iluminismo refere-se a um estilo de pensar que já não mobiliza as técnicas do pensamento racional. Pós-ideia refere-se ao pensar que não é mais feito, independentemente do estilo.
O mundo pós-ideia vem se aproximando faz tempo, e muitos fatores contribuíram para isso. Vemos o recuo nas universidades do mundo real, e um encorajamento, e premiação, da especialização mais estreita em lugar da ousadia - de cuidar de plantas envasadas em vez de plantar florestas.
Vemos o eclipse do intelectual público na mídia em geral pelo sabichão que substitui extravagâncias por ponderação, e o concomitante declínio do ensaio em revistas de interesse geral. E temos a ascensão de uma cultura cada vez mais visual, especialmente entre os jovens - uma forma menos favorável à expressão de ideias.
Mas esses fatores, que começaram há décadas, foram mais provavelmente arautos do advento de um mundo pós-ideia que suas causas principais.
Vivemos na muito alardeada Era da Informação. Por cortesia da internet, temos a impressão de ter acesso imediato a tudo que alguém poderia querer saber. Certamente somos mais bem informados em história, ao menos quantitativamente. Há trilhões e trilhões de bytes circulando no éter - tudo para ser colhido e ser objeto de pensamento.
E é precisamente essa a questão. No passado, nós colhíamos informações não só para saber coisas. Isso era apenas o começo. Nós também colhíamos informações para convertê-las em alguma coisa maior que fatos e, em última análise, mais útil - em ideias que explicavam as informações. Buscávamos não só apreender o mundo, mas realmente compreendê-lo, que é a função primordial das ideias. Grandes ideias explicam o mundo e nos explicam uns aos outros.
Karl Marx chamou a atenção para a relação entre os meios de produção e nossos sistemas sociais e políticos. Sigmund Freud nos ensinou a explorar nossas mentes como meio para compreender nossas emoções e comportamentos. Einstein reescreveu a física. Mais recentemente, Marshall McLuhan teorizou sobre a natureza da comunicação moderna e seu efeito na vida moderna. Essas ideias permitiram que nos desprendêssemos de nossa existência e tentássemos responder as grandes e atemorizantes questões de nossas vidas.
Mas se a informação foi um dia um alimento de ideias, na última década ela se tornou sua concorrente. Estamos como o agricultor que possui trigo demais para fabricar farinha. Somos inundados por tanta informação que não teríamos tempo para processá-la mesmo que o quiséssemos, e a maioria de nós não quer.
A coleta em si é cansativa: o que cada um de nossos amigos está fazendo neste particular momento, e no momento seguinte, e no seguinte; com quem Jennifer Aniston está saindo agora; qual video se tornará viral no YouTube neste momento; o que a princesa Letizia ou Kate Middleton estão usando hoje. Aliás, estamos vivendo dentro da nuvem de uma Lei de Gresham informática onde informações triviais expulsam informações significativas, mas trata-se também uma lei de Gresham nocional em que as informações, triviais ou não, expulsam ideias.
Preferimos conhecer a pensar porque o conhecer tem mais valor imediato.
Ele nos mantém "por dentro", nos mantém conectados com nossos amigos e nossa tribo. As ideias são tão etéreas, tão pouco práticas, trabalho demais para recompensa de menos. Poucos falam ideias. Todos falam informação, geralmente informação pessoal. Onde é que você vai? O que está fazendo? Quem você anda vendo? Estas são as grandes questões de hoje.
Não é por acaso, com certeza, que o mundo pós-ideia brotou com o mundo das redes de relacionamento social. Apesar de haver sites e blogs dedicados a ideias, Twitter, Facebook, Myspace, etc ., os sites mais populares na web, são basicamente bolsas de informações destinadas a alimentar a fome insaciável de informação, embora essa dificilmente seja do tipo de informação que gera ideias. Ela é, em grande parte, inútil exceto na medida em que faz o possuidor da informação se sentir, bem... informado. Evidentemente, pode-se argumentar que esses sites não são diferentes do que a conversa era para gerações anteriores, e a conversa raramente criava grandes ideias, e se estaria certo.
Mas a analogia não é perfeita. Em primeiro lugar, os sites de relacionamento social são a principal forma de comunicação entre jovens, e estão suplantando os meios impressos, que é onde as ideias eram tipicamente gestadas. Depois, os sites de relacionamento social criam hábitos mentais que são inimigos do tipo de discurso deliberado que dá origem a ideias. Em lugar de teorias, hipóteses e argumentos importantes, obtemos tuítes instantâneos de 140 caracteres sobre comer um sanduíche ou assistir um programa de TV.
Universo intelectual. Embora as redes sociais possam alargar o círculo pessoal de alguém e até apresentá-lo a estranhos, isso não é mesma coisa que alargar o universo intelectual pessoal. Aliás, a tagarelice das redes sociais tende a encolher o universo da pessoa a ela mesma e seus amigos, enquanto pensamentos organizados em palavras, seja online seja na página impressa, alargam o foco pessoal.
Parafraseando o ditado famoso, geralmente atribuído ao jogador de beisebol americano "Yogi" Berra, de que não dá para pensar e rebater ao mesmo tempo, também não se pode pensar e tuitar ao mesmo tempo, não por ser impossível fazer tarefas múltiplas, mas porque tuitar - que é, em grande parte, um jorro, ou de opiniões breves sem sustentação, ou de descrições breves das próprias atividades prosaicas - é uma forma de distração e anti-pensamento.
As implicações para uma sociedade que não pensa grande são enormes. As ideias não são meros brinquedos intelectuais. Elas têm consequências práticas.
Um artista amigo lamentou recentemente que sentia o mundo da arte à deriva, pois não havia mais grandes críticos como Harold Rosenberg e Clement Greenberg para oferecer teorias da arte que poderiam fazer a arte frutificar e se revigorar. Outro amigo desenvolveu um argumento parecido sobre política. Embora os partidos debatam sobre quanto cortar no orçamento, ele gostaria de saber onde estão os John Rawises e Robert Nozicks que poderiam elevar o nível de nossa política.
Abundância de dados. O mesmo seguramente poderia ser dito da economia, onde John Maynard Keynes continua sendo o centro do debate quase 80 anos depois de propor sua teoria de injeção de estímulos pelo governo. Isso não significa que os sucessores de Rosenberg, Rawls e Keynes não existam, apenas que, se existirem, eles provavelmente não ganharão tração numa cultura que tem tão pouco uso para ideias, especialmente as grandes, excitantes e perigosas, e isso é verdade quer as ideias venham de acadêmicos ou de outros que não fazem parte de organizações de elite e desafiam a sabedoria convencional. Todos os pensadores são vítimas da abundância de informação, e as ideias dos pensadores de hoje também são vítimas dessa abundância.
Mas é especialmente verdade para grandes pensadores nas ciências sociais como o psicólogo cognitivo Steven Pinker, que teorizou sobre tudo - da origem da linguagem ao papel da genética na natureza humana -, ou o biólogo Richard Dawkins, que teve ideias grandes e controvertidas sobre tudo - do egoísmo a Deus -, ou o psicólogo Jonathan Haidt, que analisou sistemas morais diferentes e extraiu conclusões fascinantes sobre a relação - de moralidade a crenças políticas.
Mas como eles são cientistas e empíricos e não generalistas nas humanidades, o lugar a partir do qual as ideias eram costumeiramente popularizadas, eles sofrem um duplo golpe: não só o golpe contra as ideias em geral, mas o golpe contra a ciência, que é tipicamente considerada na mídia, na melhor hipótese, como mistificadora, na pior, como incompreensível. Uma geração atrás, esses homens teriam chegado a revistas populares e às telas da televisão. Agora, eles são expelidos pelo eflúvio informacional.
Alguém certamente dirá que as grandes ideias migraram para o mercado, mas há uma enorme diferença entre invenções com fins lucrativos e pensamentos intelectualmente desafiadores. Empresários têm muitas ideias, e alguns, como Steve Jobs, da Apple, trouxeram algumas ideias brilhantes no sentido "inovador" da palavra.
Mas, embora essas ideias possam mudar a maneira como vivemos, elas raramente transformam a maneira como pensamos. Elas são materiais, não nocionais. São os pensadores que estão em falta, e a situação provavelmente não vai mudar tão cedo.
Nós nos tornamos narcisistas da informação, tão desinteressados por qualquer coisa fora de nós e de nossos círculos de amizade ou por qualquer petisco que não possamos partilhar com esses amigos que se um Marx ou um Nietzsche surgisse subitamente trombeteando suas ideias, ninguém lhe daria a menor atenção, certamente não a mídia em geral, que aprendeu a servir ao nosso narcisismo.
O que o futuro pressagia é cada vez mais informação - Everests dela. Não haverá nada que não conheçamos. Mas não haverá ninguém pensando nisso. Pense nisso. / TRADUÇÃO DE CELSO M. PACIORNIK
É BOLSISTA SÊNIOR NO ANNENBERG NORMAN LEAR CENTER DA UNIVERSIDADE DO SUL DA CALIFÓRNIA E AUTOR DE "WALT DISNEY: THE TRIUMPH OF THE AMERICAN IMAGINATION" 

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Quão livre é a vida fora do poço.


Meditação Shinsokan para receber a revelação de Deus sobre determinado problema.

Acredito que todo mundo já ouviu ou leu a respeito da fábula dos sapos do poço. Ela também consta no livro A Verdade da Vida, volume 8, capítulo: O meio para capitar a sabedoria infinita.

Trata-se da comunidade de sapos que vivia em determinado poço, sua boca era muito estreita de modo que eles não tinham uma visão de como era o mundo de fora. Certo dia um sapo, de outra comunidade, que morava no lago, passou pelo poço e olhou pra dentro dele. “Quem está olhando aí?” perguntou um dos sapos de dentro do poço. “Sou o sapo, da comunidade do lago, por que você mora em um poço tão apertado?” disse lá de cima o sapo. “Lago? O que é lago? Onde existe isso? Perguntaram do poço. “O lago é um lugar que tem bastante água, não é longe, eu acabei de vim de lá”. “O lago é grande? É maior que esta pedra?” perguntaram apontando uma das pedras que cercavam a boca do poço. “Imaginem! Vocês acham que é tão pequeno?” “Ah, então deve ser deste tamanho?” e agora apontaram uma tábua do poço. “Não é pequeno assim, não.” “Então tem o tamanho deste poço inteiro?” “Que nada! Tem extensão bilhões de vezes maior que este poço. Daqui também da pra ver. Venham até aqui, que mostro para vocês”, assim respondeu o sapo do lago. Mas os sapos do poço não quiseram acreditar. E em coro passaram a gritar: “Que mentira! Que absurdo! Você deve ser um mentiroso. Deve estar tramando alguma coisa contra nós. Não queremos mais saber de você, rondando nossa comunidade, vá embora daqui, vamos! suma daqui!”.


Está fábula realmente é muito interessante, bastava apenas um deles dar este passo para fora do poço, e todos poderiam viver uma vida sem limitações no vasto lago.

Agora o mais interessante, nesta fábula é que a vida de muitos seres humanos é idêntica a vida dos sapos do poço. Muitas pessoas estão habitando comunidades repletas de inconveniências, insatisfações, provações, e deficiências em todos os sentidos.

Estou chamando aqui de comunidades, para criar certa alegoria, mas trata-se de padrões e condutas mentais carregadas de crendices em todo o tipo de mal possível, até mesmo  inimaginável para outras.

Mas o fato é que muitas pessoas estão padecendo em pequenos mundos edificados pela sua própria mente e pela ausência de uma comunhão com a “ Verdade que liberta o homem” .

Antes de qualquer coisa precisamos sair do pequeno poço.

Todos nós podemos alcançar um nível mais elevado no modo como vivemos, quando nos unirmos a “SABEDORIA INFINITA E INESGOTAVEL DE DEUS”.

Esta Sabedoria na Seicho-No-Ie é apresentada na Meditação Shinsokan como sendo um vasto oceano.

 A respeito deste tema o fundador da Seicho-No-Ie, professor Masaharu Taniguchi diz que quando o homem nega este mundo mais livre, na verdade está enganando a si mesmo.

Sei que para muitas pessoas este conceito de um mundo perfeito, onde não existe doença, pecado, brigas, desarmonias, pobrezas, seja um pouco utópico, também pensava assim.

Eu tinha uma consciência de paraíso, como sendo um local tão, tão distante, e por mais que me esforçasse sempre corria o risco de não poder pertencer a este paraíso, o que me levava a viver com sentimento de culpa e não merecedor da riqueza infinita.

Em minha reflexão: Os ensinamentos do espelho” apresento este conceito do mundo perfeito, deste mundo mais livre que tratamos de: “Mundo da Imagem Verdadeira”.

Assim utilizando-se do paralelo da fábula do sapo, o “Mundo da Imagem Verdadeira” está representado pela comunidade do lago, vasto e infinito, e a comunidade do poço é a representação do “Mundo fenomênico”. Este segundo é sombra do primeiro.

Mas entre o primeiro e o segundo, existe a mente do homem, que filtra tudo de acordo com suas crenças construídas ao longo de suas muitas vidas até os dias atuais.

Essas atitudes mentais limita o homem, e o faz viver uma medíocre sagacidade, onde busca levar vantagens perante os demais.  O outro extremo constitui do modo de vida com culpa que faz com que o homem não prospere, justamente porque sua prosperidade prejudica a vida dos outros, onde pra ter alguém precisa perder. Um modo de vida limitado estreito e aprisionado no poço.


Claro que com uma mente correta, ninguém sofre nada disso e vive aqui de modo mais livre.
É também importante destacar que mesmo sem o conhecimento destas verdades, muitas pessoas vivem bem e são felizes, até mesmo morando no poço possuem diversões, trabalham sonham e possuem muitas virtudes, disto não restam dúvidas.

Acontece, porém que enquanto o ser humano, não adquirir consciência a cerca de sua existência verdadeira, por vezes ele fracassará, irá viver na miséria, sem amor, ou até com várias doenças e tudo o que ele se dispor a fazer nada lhe trará a alegria plena.

Sempre algo estará faltando, e corre o risco de vagar pela vida, de poço em poço pelos subterrâneos das tristezas amargando inúmeras insatisfações.

Só que diferente da comunidade do lago, a “SABEDORIA INFINITA E INESGOTAVEL DE DEUS” não está num local fora de você, ou mesmo distante dos seus olhos. Ela encontra-se no seu interior, ainda que você não esteja desperto, esta é uma verdade incomensurável.

“Quem não consegue acreditar na Verdade que a natureza real do homem é filho de Deus, e no interior dele tudo está contido em quantidade infinita, seja amor, Vida ou provisão’, não poderá receber a corrente da perfeita provisão que vem de Deus” ( A Verdade da Vida, 8, 8dd, pp.64)

Quando compreendermos profundamente esta Verdade, vivermos e agirmos balizados por ela, serão sanadas todas as enfermidades incuráveis pela medicina, como também se resolvem todos os problemas econômicos, sociais, domésticos etc.. Muitos adeptos da Seicho-No-Ie já experimentam essa verdade, basta lerem os inúmeros relatos editados em suas publicações, elas já comprovaram através do seu modo de viver que realmente esse mundo fenomênico é sombra das nossas crenças mentais.

O cultivo de inúmeros problemas, a solidão do viver em volta deles faz com que você se mude para a comunidade do poço, um mundo estreito e finito. Ao contrário, quando nos aliamos a Deus e passamos a contar com Ele, estamos morando no seu vasto lago, de onde recebemos toda sua provisão.

Muitas pessoas padecem pelos problemas do cotidiano, sem saber como solucioná-los, ou mesmo vivem em volta com dificuldades que as colocam em cheque.

O professor Masaharu Taniguchi, no livro A Verdade da Vida, volume 8, nos ensina a Meditação Shinsokan, lá poderemos aprender o método básico que recomendo para todos os leitores.

Já no capítulo: “O meio para captar a Sabedoria Infinita”, o professor nos ensina como meditar para receber a revelação de Deus e/ou sobre determinado problema.

Veja como é simples, basta praticar:
 “.. vou ensinar uma maneira de mentalizar para receber a revelação de Deus sobre determinado problema. ( Eu disse "revelação", mas ela nem sempre é captada pela audição ou visão espirituais. Como "Deus é o TODO", com a prática da Meditação Shinsokan pode acontecer do problema ser encaminhado e dirigir-se sozinho para a solução ideal.) Após recitar mentalmente ou em voz alta os quatro versos do "Canto Evocativo de Deus", mentalize várias vezes o "Canto para Contemplar a Imagem Verdadeira", colocando assim a sua mente na paz infinita.” ( A Verdade da Vida, vol. 8)

“Canto Evocativo de Deus”
“Ó Deus-Pai, que dais vida a todos os seres viventes, abençoai-me com Vosso Espírito.
“Eu vivo, não pela minha própria força, mas pela Vida de Deus-Pai, que permeia os céus e a terra.
Ó Deus, que Vos Manifestastes através da Seicho-No-Ie para indicar o Caminho dos céus e da terra, protegei-me”  ( Explicações Detalhadas sobre a Meditação Shinsokan 7edd, pp,92)

“Canto para Contemplar a Imagem Verdadeira"
"O Senhor é tudo em tudo, Deus é a perfeita Vida, Deus é perfeita sabedoria, Deus é o perfeito e puro amor.

Dentro de todos os seres, Vive a Vida do Criador, Vive o saber do Criador, Vive o amor de Deus, Criador.

Porque Deus é tudo em tudo e porque todos são um só ser, a única força universal vivifica todos os seres.

Porque Deus é o único Criador de tudo no céu e na terra, o Universo é preenchido de harmonia suprema.

Aqui é sublime mundo de Deus. O meu ser é todo Jissô, filho de Deus. Tudo é bela harmonia.
O mundo do Jissô é só luz.

Porque Deus é a Vida universal e porque eu sou filho de Deus, a todos os seres vivifico  e todos vivificam o meu ser.

Porque Deus é o amor imparcial e porque eu sou filho de Deus, a todos os seres eu amo e todos os seres me amam.

Porque Deus é a sabedoria e porque eu sou filho de Deus, a todos os seres eu conheço e todos eles me conhecem.

Porque Deus é tudo em tudo e porque eu sou filho de Deus, se oro, o mundo me responde e se move quando eu me movo.

Aqui é sublime mundo de Deus, o meu ser é todo Jissô, filho de Deus. Tudo é bela harmonia. O mundo do Jissô é só luz. (Sutra Sagrada Chuva de Nectar da Verdade, 3edd pp100)

Em seguida, repita mentalmente:

"Em Deus sou um com todas as coisas. Eu me reconciliei com todas as coisas, e perdoei todas as coisas. Entre eu e todas as coisas, não há rancor nem ódio; estamos em perfeita paz, voltamos a ser um como éramos originariamente". 

Assim, procure manter um estado de espírito de paz, fundamentado na consciência da unidade originária, sem um mínimo de rancor, ódio ou temor. E, quando atingir este estado de espírito mentalize repetidas vezes: 

"Eu sou um com todas as coisas; por isso, tudo se move em função da minha pessoa, toda a Sabedoria age para me orientar". 

“Desse modo, sinta-se em união profunda com a Sabedoria infinita que preenche o Universo, e depois tenha a convicção de que Deus lhe dará infalivelmente a Sabedoria e a solução necessárias para você.

Conclua a Meditação Shinsokan sentindo-se profundamente mergulhado nessa providência de Deus; e, se estiver para deitar-se, durma tranquilo, confiante em que a partir do dia seguinte a providência de Deus surgirá como ideia.

Se o seu desejo tratar de algo que não prejudica os outros, durante a pratica da Meditação Shinsokan, poderá apelar a Deus, sem nenhuma cerimônia, ainda que seja para melhorar a si próprio.

Sinta-se que estivesse depositado o seu desejo em Deus, e que você próprio é o Universo, que todo o Universo está movimentando-se para realização do referido desejo, que a força do Universo inteiro vive dentro de você.

Uma vez atingido tal estado de espírito e harmonizado, surgirá todas as coisas boas para nós. Deus jamais rejeitará um desejo de seu filho, que somos nós." 

Veja o que o Professor Masaharu Taniguchi nos ensina a pedir sem parcimônia e o melhor, com a certeza de que irá acontecer.

Vamos praticar a Meditação Shinsokan e confiar nas providências de Deus.

É importante entender que o “poço”, está dentro de nós mesmos, é uma clausura que nos impomos, e ao praticarmos a Meditação, estaremos aceitando o convite para esse mundo do lago, mais livre, vasto, esplendoroso e repleto de infinitas coisas boas.

Se você ainda não é meditante, poderá fazer lendo, apenas reserve alguns momentos e mantenha em seu sentimento esta unidade com a Vida perfeita.
                                                                                                     
Bom, tenho que ir, estou arrumando as malas para deixar a comunidade do poço, levo saudades, aprendizados, mas aceito o convite para morar no lago da bênção infinita.

Ah, antes de ir, ainda tenho um tempinho, vou meditar...
Ariovaldo Adriano Ribeiro
fotos by Ariovaldo Ribeiro