terça-feira, 21 de janeiro de 2014

A alegria de viver - parte 6

Um estudo para a qualidade de vida e a geståõ do "eu"


            Esta obra tem a introdução de Daniel Goleman, autor de Inteligência social. Porém, o que se destaca aqui é a trajetória de Rinpoche Yongey Mingyur, que se propôs a revelar os segredos da meditação. Rinpoche, como é chamado, um título no budismo que equivalente a doutor, trabalhou com neurocientistas e físicos e oferece uma clara visão de modernas pesquisas, as quais indicam que treinar de forma sistemática a meditação pode aumentar a atividade em áreas do cérebro associadas à felicidade e à compaixão que constitui o cerne da abordagem budista sobre a natureza da realidade.

RINPOCHE (2007, p. 30) descreve que todos os fenômenos são projeções da mente. Segundo ele, infelizmente um dos principais obstáculos que encaramos quando tentamos analisar a mente é uma convicção profundamente enraizada e, muitas vezes, inconsciente de que nascemos assim e nada do que possamos fazer pode mudar isso.

Ele ainda ressalta que viu esse mesmo padrão pessimista em pessoas do mundo inteiro e que, inclusive, viveu isso em sua infância. Para Yongey, mesmo conscientemente sem pensar a respeito, a ideia de que não podemos alterar nossas mentes bloqueia qualquer tentativa possível.

As pessoas com as quais conversei que tentam fazer mudanças usando afirmações, preces e visualizações admitem que muitas vezes desistem depois de alguns dias ou semanas, por não verem resultados imediatos. Quando suas preces e afirmações não funcionam, elas rejeitam toda a ideia de trabalhar com a mente, considerando-a apenas uma promoção de marketing elaborada para vender livros (RINPOCHE, 2004, p. 31).

Em sua investida, Yongey afirma que há um consenso universal na comunidade científica de que o cérebro é estruturado de uma forma que realmente possibilita efetuar mudanças reais na vivência cotidiana. Ele aprendeu com seu pai (no budismo, o conhecimento é passado de pai para filho) e confirmou com a ciência que, se observasse cada pensamento, sentimento e sensação passado pela mente,  a ilusão de um “eu” limitado se dissolveria para ser substituída por uma consciência muito mais calma, ampla e serena. “Como a experiência altera a estrutura neuronal do cérebro, quando observamos a mente dessa forma, podemos alterar a conversa entre as células que perpetua a experiência de nosso próprio “eu”. YONGEY (2004, p. 41).


Para o autor, a prática da meditação contínua poderá mudar a percepção do “eu” e do mundo ao seu redor, porém isso não requer somente esforço, mas também tempo.

Continua... 
Ariovaldo Adriano Ribeiro 
foto by Ariovaldo Ribeiro

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