quinta-feira, 30 de agosto de 2012

O valor da amizade em plena era das redes sociais.


Hoje em dia ser popular é quase uma obrigação. Com o advento da internet, e suas multi-facetadas funções qualquer pessoa pode sair do anonimato e ter seu momento de fama como jamais visto na história dos grandes heróis da humanidade.

Hoje nas escolas travam-se verdadeiras disputas por amigos virtuais, como se o fato de você ter mais amigos, fizesse de você o mais popular.

Qualquer um, com uma câmera fotográfica, sem nenhum recurso e uma conta no Youtube, pode ser recordista de audiência desbancando uma mega produção preparada para isso.

Claro que mesmo em meio ao caos, existem as oportunidades e para quem possui autenticidade pode aproveitar a internet, divulgar seu trabalho, e ter também a sua oportunidade no “Hall da fama”.

Mas cuidado!
É no “Hall da fama” que afelearam-se milhares de solitários, que por não saberem cultivar o amor leal, vivem sem amigos.

É lá também que se constroem tribos, com regras e códigos ocultos, que induz o outro a pensar que para ser aceito, ou para fazer parte de um grupo específico, seja necessário abandonar a originalidade igualando-se aos demais no comportamento e na conduta.

Este grupo geralmente gira em torno de uma pessoa tida como “popular”. Alguém que transmite a falsa ideia de poder e, um forte carisma, usado para dominar e persuadir os demais.

É triste constatar, que não são raras às vezes, que esses líderes destroem a vida dos demais pela prática de Bullying  ou por maus exemplos, encaminhando os integrantes desta vida vazia para o mundo da drogadição, como fuga para aplacar a dor da alma no hall daquele que fez da sua fama um esconderijo da vida vazia.

Quando nos tornamos iguais perdemos a nossa identidade e é na diversidade de cada um, que a vida ganha brilho. Na amizade todos buscam compreensão. Todos buscam o convívio do amor.

Só que infelizmente as pessoas estão buscando compreensão em um mundo imaginário, que constrói e destrói qualquer um bastando para isso apenas um click.

Esses são os amigos de uma vida por interesse. Todo mundo usa todo mundo. Está atitude é comum e aceita quando somos crianças. A relação de amizade se dá por trocas, se chega um amiguinho com um brinquedo novo, rapidamente se esquece daquele leal amigo sem nenhum constrangimento e agora se cultiva a nova amizade sem o mínimo de preocupação com o “ex-amigo”.

Nunca se conviveu com uma sociedade tão carente como nos dias atuais. Este é o grande paradoxo já que a indústria do turismo, nunca esteve tão farta com os mais diversos entretenimentos nas mais diversas áreas.

Em O Livro dos Jovens, o professor Masaharu Taniguchi, no capitulo 11: O Valor Inestimável de Bons Amigos, nos alerta da influência espiritual que exercemos uns sobre os outros.

E, no contexto atual, ainda é muito mais importante prestar atenção com os grupos a quem nos filiamos justamente por conta desta troca de influência que nos acompanha pela vida.

A internet derrubou fronteiras, mas o homem a cada dia se torna mais solitário e prisioneiro das suas mazelas.

Hoje, mais do que nunca é essencial compreendermos nossa visão de mundo, entender quem somos como somos e o porquê de sermos assim.

Acolha a sua história e quem é você. Aceite tudo e depois disso sim, decida ser um grande homem, uma grande mulher que vive livre e, traça o seu próprio caminho seguindo a orientação de Deus e não aceitando más influências por carência.

Para ser livre, busque com administrar com maestria a mente, emoções e energias. Pois são estes os elementos que dirigem nossas mais sutis ações, as quais sendo positivas originam felicidade, e quando negativas, geram sofrimentos para todos, incluindo aí pessoas que nos rodeia, a humanidade e a natureza.

Convivemos com muitas pessoas que vivem na superficialidade, buscam a reconciliação como modismo, na esperança de uma vida feliz. Não sabem ouvir, e por outro lado querem ser respeitadas, admiradas, e reconhecidas. Pesam a felicidade pelo número de amigos presentes nas redes sociais.

Mais do que qualquer um o jovem de hoje precisa adaptar-se a todos os processos e linguagens  e precisa compreender que adaptar-se não significa desaparecer no mundo físico e viver somente no mundo virtual.

O professor Seicho Taniguchi no livro Meditação Shinsokan é Maravilhosa, o livro que ensina meditação para adolescentes, alertava os jovens, da necessidade do amadurecer com autenticidade.

Segundo ele, como Filhos de Deus todos nascem com a mente límpida, e possuem virtudes, e trazem em si uma vida de real valor e significado.

Porém com o passar do tempo, vão obscurecendo a mente, com pensamentos egoístas e voluntariosos, deixa-se levar pelas conversas dos colegas, pelas fofocas que só denigrem os demais e busca aprovação na reprovação do modo como o outro vive.

No egoísmo impera a satisfação das vaidades pessoais, característica do mundo das mentiras que faz qualquer um esquecer-se de si. A consequencia é que aos poucos essas pessoas perdem o vigor. E mesmo que possua nas redes verdadeiros impérios de amigos, deixam de serem amadas pelas pessoas que as cercam e tornam-se iguais a balões murchos, como cita o professor Seicho Taniguchi em seu livro.

É preciso parar de fingir e aprender viver de verdade. Quando fingimos pode até ser verdade para todos os presentes, mas na mentira não há espaço para a alegria.

Vamos abandonar a superficialidade, para isso cresça com aquilo que você é.

É essencial que você decida antes de tudo, ser o seu melhor amigo.

Temos uma vida terrena de grande significado, se não compreendermos claramente a razão do nosso nascimento, por que nesta vida nascemos destes pais - quais lições nos são essenciais, poderemos amargar uma vida sem sentido.

Para tanto é necessário percorrer o labirinto das emoções mais ocultas, reconhecer a fragilidade do sentir, a raridade e preciosidade dos ínfimos dissabores, suas lições e singularidades, para viver a redução dos conflitos e encontrar, no caos que aparentemente envolve o viver, a oportunidade de ser mais feliz e ter uma vida naturalmente cheia de brilho e profundidade.

Mais do que nunca hoje você precisa ser o seu melhor amigo.

A humanidade está carente de Deus.

Volte a sua mente para Deus, quando você encontra Deus, quando mergulha no Seu Mundo, você encontra o mundo onde nada falta. Falo isso pela minha própria experiência de vida.
Graças a Deus aos quatorze anos aceitei participar de um evento da Seicho-No-Ie, e de lá para cá, pautei minha vida nos ensinamentos e em muitos momentos de solidão fiz dos livros da Verdade os meus melhores amigos. E assim renasci e me tornei livre. 

Na Revelação Divina da Grande Harmonia existe o ensinamento que precisamos “nos reconciliar com todas as coisas do Céu e da Terra”, para sentir Deus, mas antes de tudo, precisamos começar agradecendo aos nossos pais.

Durante muitos anos, pensei em me reconciliar com tudo, e queria que a minha vida ganhasse significado, só que deixava a reconciliação com os meus pais em segundo plano.
Assim, que iniciei no movimento, li dez vezes o livro Buscando o Amor dos Pais, por orientação de um preletor que enfaticamente me disse que, enquanto eu não me reconciliasse com meus pais, nada daria certo em minha vida.

Mas o estranho é que eu já era uma boa pessoa, mas por que precisava agradecer tanto assim os meus pais? Não seriam eles que deveriam me agradecer? – olha como eu pensava.

Quando somos jovens ou quando a nossa mente não está madura o suficiente, agimos pelo ego.

Quando terminei a leitura do livro, fui tirar satisfação com o preletor, que logo me disse que eu não tinha lido o livro como ele pedira. Achei muita petulância da sua parte e igualmente petulante, perguntei: então quem era que tinha lido? E ele me respondeu: o seu ego, que não quer mudar, e continua colocando a culpa da sua covardia em seus pais. Se colocando como vítima, porque o seu pai foi embora, porque sua mãe lhe abandonou na casa de sua avó, porque sua avó foi severa. Você quer ser vítima e um pobre coitado.

Como foi difícil ouvir aquelas palavras, como quis nunca ter ido na Seicho-No-Ie, como desejei não mais voltar.

E, foi quando aceitei e li mais uma vez o livro, que despertei e como achava que não tinha recebido amor, quem tinha que dar era eu. Para sentir-se amado, você precisa amar as pessoas.

Ao me reconciliar com minha história ganhei minha família como meus principais amigos.
Para ser verdadeiramente feliz, faça de Deus o seu melhor amigo. Faça de seus Pais o seu melhor amigo, tenha os livros da Verdade como seu conselheiro espiritual e amigo.

Depois disso claro você terá milhões de amigos na redes sociais reflexo da sua vida pessoal.
Afinal de contas, muitas pessoas vivem Deus, praticam o bem, e assim como você são autenticas originais e já decidiram viver a vida humana manifestando a vontade dívida.

Quando praticamos o bem, encontramos os amigos reais.
do seu mais novo amigo,
Ariovaldo Adriano Ribeiro
Publicado na Revista Mundo Ideal – Julho – 2012 - http://portal.ajsibr.org/
Fotos by Ariovaldo Ribeiro

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Pretérito Perfeito


Pretérito Perfeito

Olá amigos,

Então, depois do encontro com meu pai, precisei de um tempo na clausura, para entender tudo o que aconteceu e assimilar bem esse momento. 

Agora é hora de voltar... ainda que ausente, continuo respondendo às orientações que tenho recebido aqui pelo blog. Se alguma coisa ficou no vácuo, por favor, me mande novamente, andei recebendo tantos e-mails que realmente me perdi um pouco no gmail. Perdoem-me.

Já está quase tudo pronto para concluir o mergulho para a cura da alma pela gratidão aos pais. Fiquem atentos!!!

Também tenho que confessar, estou pecando... venho acompanhando a trama e me divertindo com Carminha & Cia...rs!

Estou consciente do tempo que se perde nesta investida televisiva. E como isso nos aprisiona e nos cega.

Mas um tempo sem enxergar é também um bom tempo para reaprender a olhar.

Por traz de cada quadro, sempre existe uma urdidura responsável pela sustentação das cores.

Nossa vida também é movida respeitando o mesmo princípio. Em cada emaranhado, em cada fio que se desprende pela dúvida ou tristeza, em cada sentimento de perseguição, encontramos uma textura do passado no presente.

Pra quem está na tela, é quase que impossível perceber o que de fato se passa, uma vez que somos levados na intensidade das cores e dores do momento. 

Ainda assim, é no presente, que conseguimos nos colocar na posição de quem olha, aprecia e escolhe novas tintas.

Não se pode abandonar o passado, mas podemos escolher novas cores.

Voltando a pintar...


Ariovaldo Adriano Ribeiro
foto by Ariovaldo Ribeiro