quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Poema de autodestruição - parte 2


Um mergulho para a cura da alma, pela descoberta do amor aos pais. 

À medida que uma criança vai amadurecendo, vastas mudanças circundam sua vida. Entramos na puberdade em um momento crucial, onde passamos a contar mais com os amigos. O espaço que era até então individual, alguns compartilhados mais com os familiares, agora são divididos mais com as amizades.

Neste momento é natural a preocupação em ser aceito pelos outros, e é natural as paixões adolescentes e os ciúmes até pelos amigos.

Conforme se abre o coração, experimentamos novos níveis de sentimentos, muitos são confundidos com o amor verdadeiro, mas na verdade não passam de “apegos” a condições externas, frutos das mais profundas carências.

Assim, também o corpo segue da puberdade para o amadurecimento chegando-se a fase adulta. 

Experimentam-se sensações diferentes, muitas delas ligadas aos nossos sentidos.

Algumas sensações e percepções são por vezes aceitas com entusiasmos, e outras vezes detestadas por trazerem novos anseios e vulnerabilidades. Por despertar sentimentos e interesses em situações que ainda não foram experimentadas.
Este é um ponto crucial, dependendo do ambiente familiar, ou mesmo da influência que os amigos exercem neste período pode-se, e é possível que o adolescente se desiquilibre emocionalmente, arrebentando-se nas paixões, ocasionando complexos e solidão que pode vir a acompanhá-lo por toda vida. Mas claro que em outro contexto, ainda que com tantas mudanças e paixões, muitos adolescentes conseguem chegar à vida adulta vivendo suas experiências, as descobertas do “eu”, de um modo natural onde tudo flui na maior harmonia.

Desta forma, entendemos que o ser humano passa por grandes mudanças em sua realidade emocional e nos seus atos. Até a sua rebeldia expressa essa confusão.
Num momento ele é criança e no outro já é adulto.

Muitas são as pessoas que por não terem um amadurecimento perfeito, encontram-se agora na vida adulta com todas as misérias de sentimentos.

E a pergunta sempre é: onde foi que eu errei? Onde foi que me perdi? Onde foi que deixei de acreditar? 
 

Onde está aquela criança com tantos sonhos?

O ser humano repete agora todas as fases do crescimento que experimentou, mas com uma diferença. Na infância o “eu” era como o centro do universo. Era eu, papai, mamãe, meus familiares e meus amigos.

Agora é um relacionamento “eu” e “você”.
O “eu” passa a não existir sozinho, e a busca do bem estar depende de ajustamentos apropriados ao “não-eu”.

Quando não se consegue viver com o outro, ou mesmo ter o outro, embebeda-se da mais amarga taça dos sentimentos de solidão, que é causadora de toda forma possível de abandono, dores, entregas, vazios e das mais variadas doenças psíquicas, até inimagináveis.

Isso é causado, em parte, pelo fato de não “possuir” o “outro”, ou mesmo o objeto do amor, como possuía no caso dos pais ou dos brinquedos.

Seu bem estar depende de uma equilibração de seus atos a fim de “convencer” o ser amado a amá-lo, ou pelo menos, assim acredita-se.

Isso faz pressão sobre a psique, levando-o a oscilar entre o que ele pensa ser ou quem ele pretende ser, para simplesmente ser aceito pelo outro. De acordo com o que se imagina que ela quer que o outro seja e vice-versa.

O que na vida adulta esquecemos é que tudo isso já ocorria na relação com os nossos pais. Os nossos sentimentos foram construídos na afetividade desde a vida intrauterina até a descoberta de que somos seres com capacidade de discernimento.

Muitos dos nossos roteiros também são arquivos de outrora. Acompanham a nossa alma.
São os responsáveis pelo nosso ambiente, é através dele que pudemos nascer de nossos pais.

Eu, por exemplo, depois que renasci do seio da minha família, mantive sem perceber um poema de autodestruição. Nos desejos autodestrutivos, o homem trava verdadeiras guerras psicológicas contra si mesmo.

O medo de perder, de ser abandonado é trazido à superfície porque a qualquer momento, o ser amado pode escolher outro. São muito complexos esses padrões mentais.

E, por vezes nos faz pensar em quem eu finjo ser?

Ou mesmo, quem eu temo ser? 

Até chegar ao despertar para quem eu sou de verdade.

É neste momento crucial da vida, que passa a atuar a lei do carma.

O nosso destino, o modo como vivemos e os nossos sentimentos não foram impostos compulsoriamente por Deus.

Nossas experiências mais profundas são acontecimentos circundantes da “lei de causa e efeito”, onde determinada atitude gera determinado comportamento, que cria uma nova atitude, e gera outro comportamento ou repete o mesmo em outras circunstâncias com outras pessoas, mas onde tudo continua em torno do mesmo sentimento. 

Trocam-se as “marias, as baquianas e os guaranis”, mas a vida experimenta sempre o mesmo sabor amargo da solidão.

O professor Masaharu Taniguchi, ensina que o destino em geral já está definido logo no nascimento.  Nascemos neste mundo inúmeras vezes e os carmas acumulados em vidas passadas postulam demarcando a nossa vida atual.

Precisamos entender que todas as nossas atitudes, todos os nossos pensamentos, todas as palavras que pronunciamos, constituem “ondas vibratórias” que nossa vida vai emitindo, elas vão tomando forma construindo nosso destino. Primeiramente acumulando-se em nosso campo mental, formando nossas estruturas de mente, do modo de ser, pensar e agir. Vão se retro alinhando, são sedimentadas nas camadas profundas do nosso subconsciente, e são padrões que sem a nossa gerência, governam nossas vidas e nos fazem viver muitas situações dependendo claro, dos nossos arquivos, verdadeiros infernos de torturas.

Claro que conscientes, não é esse tipo de vida que buscamos. Não é desta forma que queremos viver. Mas sem o mínimo de estabilidade, somos arrastados pela força do carma  ao abismo.

Aqui, cabe um grande alerta: Calma! O destino não é fatalista.

Aquele que amadureceu na prática do bem, brilha na aurora da vida.

Ainda assim, os arquétipos construídos em nosso reino mental, não são prisões prontas desde a mais remota vida passada, sem nenhuma possibilidade de mudanças.

Esses modelos estão sendo criados de momento a momento, segundo ações combinadas de diferentes espécies de seres vivos, que fazem parte do nosso universo.

Vejamos em dois textos o que a Seicho-No-Ie fala a respeito do nosso destino:

“Segundo o volume 9, desta coleção, a metade do destino do homem depende da soma total dos pensamentos e atos de encarnações anteriores; um quarto depende do esforço próprio, isto é, de seus pensamentos e atos atuais; e a quarta parte restante depende da ação dos seres elevados do mundo espiritual (no cristianismo, os chamados anjos) que sintonizam com o esforço, a fé e o pensamento da própria pessoa e que corrigem o “filme do destino” (existente no mundo espiritual) antes de ser projetado do mundo espiritual para o físico.”  A Verdade da Vida, vol. 4, prefácio

“Compreendemos que um terço do nosso destino depende do acúmulo dos carmas em vidas passadas, e outro terço, dos esforços, boas ações e mudanças mentais na vida atual. O terço restante pode ser modificado pela correção amorosa de Deus, efetuada por vibrações mentais de espíritos superiores.” Descoberta e Conscientização da Verdadeira Natureza Humana.

Deste modo o homem pode mudar sua vida a qualquer momento. A ele é lhe dado o direito e a liberdade de escolha, de como ele quer viver sua vida.  Por exemplo, uns nascem paupérrimos, outros em lares com muitas provisões, umas saudáveis, outras doentias. Tudo isso está ligado aos padrões vibracionais que cada ser carrega em si.

Assim, o destino atual é fruto dos pensamentos e ações do passado, de forma que para mudar o destino futuro, basta modificar os pensamentos e ações do presente.

Agora, quando os padrões são sentimentos autodestruidores como mudar?

Por razões desconhecidas o que emerge no coração de muitas pessoas, são tristezas profundas, pensamentos destrutivos e em muitos momentos uma vontade incontrolada de morrer.

Eu fui orientado, na Seicho-No-Ie, pelo então preletor Valdir Rodrigues Jorge, que para mudar a minha mente, extirpar o poema de autodestruição, essa vibração ininterrupta que nasci para não dar certo, eu deveria mergulhar na leitura dos livros da Seicho-No-Ie.

Porque a Verdade liberta, de todo mal e de toda opressão.

Se você nasceu, essa é a prova maior que “agora” pode corrigir o seu destino.

Continua...

Ariovaldo Adriano Ribeiro. 
fotos Ariovaldo Ribeiro e arquivo pessoal.

2 comentários:

  1. tenho 19 anos, e me sinto atraído por homens... já fiquei com meninas mas não acho legal, tenho medo de ficar com um homem e gostar, minha mãe é preletora da seicho no ie, tenho medo de magoar... o que eu faço, como conversar com minha mãe sobre isso?

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  2. Reverências,
    Muito Obrigado,

    por favor para perguntas de cunho pessoal, utilize-se do ícone contatos no canto direito do blog na página principal. Lá poderei lhe responder e também se assim for o caso, lhe enviar uma orientação pessoal.

    Agradeço a confiança em abrir-se buscando uma solução para seus problemas.

    minhas reverências,
    Ariovaldo

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