Um estudo para a qualidade de vida e a gestão do “eu”
O tema como viver
melhor nunca esteve tão em voga como nos dias atuais. A complexidade da vida
moderna, no entanto, tem massacrado a mente humana com zilhões de ofertas
ilusórias através das indústrias do entretenimento, dificultando cada vez mais
as escolhas. Deste modo, nunca foi tão complexo e incerto fazer eleições na
vida pessoal, nos relacionamentos e na vida profissional.
O
percurso mais interessante que um ser humano faz, segundo CURY (2008), não é
aquele que vivencia quando viaja pelo espaço ou mesmo quando navega pela internet, mas quando interioriza-se. Quando
se realiza essa jornada, nunca mais se é o mesmo. Começa-se a repensar e
reciclar posturas intelectuais, verdades, paradigmas socioculturais,
preconceitos existenciais, e, assim, opera-se dentro de uma nova perspectiva
humanística: psicológica, filosófica e sociológica.
A partir do entendimento da construção
da inteligência, o autor no faz compreender que somos, de fato, semelhantes, desde
aquele que vive na mais completa miséria àquele que se apresenta como o mais
brilhante intelectual.
Somos
diferentes? Sim, o material genético apresenta diferenças em cada ser humano; o
ambiente social, econômico e cultural também apresenta inúmeras variáveis na
história de cada um. Porém, todas essas diferenças estão na ponta do grande
iceberg da inteligência. Na imensa base desse iceberg somos mais iguais do que
imaginamos. Todos penetramos com indescritível habilidade na memória e
resgatamos com extremo acerto, em frações de segundos e em meio a bilhões de
opções, as informações que constituem a cadeia de pensamentos. Construir
ideias, pensamentos, inferências, sínteses, resgates de experiências passadas
são atividades sofidicadíssimas da inteligência. Se não fôssemos seres
pensantes não teríamos a “consciência existencial”: a consciência de que
existimos e de que o mundo existe (CURY, 2006).
Nos últimos anos, fomos abarrotados por toda espécie e
tipos diferentes de conteúdos na área da autoajuda, com o objetivo de levar o
ser humano a lidar com suas dificuldades. Porém, faz-se necessária, para não
vivermos mais conflitos em meio aos conflitos, uma orientação que se preze por
um caminho livre de qualquer ascese e tortura mental. Algumas literaturas, de modo geral, remetem ao fato de que as decisões são
influenciadas por crenças, momentos de vida, experiências passadas, dentre
outros valores. De algum modo, o cérebro é facilmente enganado. Conhecer como o
cérebro funciona compreender os caminhos que o pensamento toma dentro do dele, pode
ser uma grande chave para não cair em armadilhas psíquicas e viver na miséria.
Continua...
Ariovaldo Adriano Ribeiro
Foto by Ariovaldo Ribeiro
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